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Dois pesos, duas medidas

Carol Solberg denuncia campanha de “cartola” para Arthur Lira

Carol postou: “Todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e expressão”.

Carol Solberg, a atleta de vôlei de praia que criticou o presidente golpista, Jair Bolsonaro (sem partido), após um jogo que ocorreu meses atrás, voltou a usar as redes sociais para pedir por liberdade de expressão. Solberg usou o Instagram para citar o vice-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Radamés Lattari, que posou em uma foto segurando uma camisa com o nome do deputado federal Arthur Lira. O técnico da seleção masculino de vôlei, Renan Dal Zotto, também aparece na imagem. 

Comparando a cena atual com a sua situação anterior, ela nos lembrou de algumas palavras da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e expressão”. 

Contudo, é claro que a burguesia mundial em crise degenerativa final de seu sistema moribundo, não se importa tanto com estas passagens históricas que representam um processo progressista da sociedade (das próprias revoluções burguesas). 

Prova disso está na passagem à seguir: “Ver o principal membro atuante da CBV manifestar seu apoio a um candidato político através da camisa da seleção brasileira de vôlei de quadra, às vésperas de uma eleição tão decisiva e ainda dizer que esse apoio não representa a CBV, não faz sentido e é no mínimo muito controverso”.

Esta é a forma por excelência que a direita imperialista trabalha em sua ditadura mundial e que vemos agora nos EUA com Biden e a lei antiterrorismo doméstico. 

Fazendo um breve parêntese na apresentação dos argumentos de Carol, é preciso frisar que, tanto a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, anunciada ao público em 26 de agosto de 1789, na França, quanto às adotadas pela proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948, são resultado direto de uma luta violenta de vida ou morte entre as classes sociais controladas contra os dominadores de sua época. A própria burguesia, em seu tempo revolucionário, lutou em sua ascensão contra a monarquia decadente (no caso da Revolução Francesa ), bem como, a classe operária se levantou contra a política imperialista dos países capitalistas europeus, onde EUA e tantos outros financiaram os bandos fascistas de Mussolini e Hitler para aniquilar a organização de massas dos revolucionários, acarretando ao fato de que a própria burguesia fosse obrigado a implementar algumas reformas, conduzindo avanços reformistas, para que a sociedade não explodisse totalmente.  Tanto a crise social gerada após as primeira e segunda guerras, e, sem esquecer, a o crash da Bolsa de Valores de Wall Street em 1929, foram jogando cada vez mais as massas de trabalhadores na miséria completa, massacrando os filhos da maior classe do mundo, nas batalhas por interesses de meia dúzia de banqueiros. A fome, doenças, depressão e suicídio em massa, acarretados pela própria direita, os levaram em diversos momentos a criarem leis para os trabalhadores, mesmo que estas leis não fossem levadas à cabo, mas sim, apenas para enganar. 

Voltando ao caso da atleta, meses atrás ela lembrou que sua liberdade de expressão havia sido ameaçada quando a processaram por ter se manifestado após um jogo contra o governo Bolsonaro.

“Ontem recebi uma imagem do vice-presidente da CBV e CEO ao lado do técnico da seleção masculina de vôlei. Eles exibiam uma camisa da seleção brasileira com o nome de Arthur Lira, candidato de Bolsonaro à presidência da câmara”, explicou também, defendendo o direito mais democrático de todas as pessoas se manifestarem.

Outra questão que a esportista levantou foi a de que a política está diretamente ligada ao esporte, reforçando que os atletas também merecem ter o mesmo direito de expor suas opiniões.  

“Parece hipocrisia. E é”, denunciou. 

Agora em dezembro, Carol também afirmou ver hipocrisia na forma como a sua manifestação política foi julgada. Ela relembrou o caso dos atletas Wallace de Maurício Souza, do vôlei masculino.

Este caso faz coro com o que o PCO vem alertando toda a esquerda: o perigo de defender a censura nas mãos do Estado Burguês. É preciso denunciar junto com a jogadora e todos que defendem os direitos democráticos mais básicos em meio a ditadura mundial do imperialismo, para mostrar que só quem não pode fazer política são os jogadores de esquerda. A direita pode mentir na sua imprensa e não é presa pelas tais “fake news”, os cartolas podem fazer política a vontade, os direitistas podem sair às ruas e agredir pessoas, mas a esquerda é sempre censurada pela justiça burguesa.

 

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