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Jornal Nacional reduz tempo de Paraíso do Tuiuti para esconder protesto contra o golpe

Na madrugada desta segunda-feira (12) a escola de samba Paraíso do Tuiuti surpreendeu a todos com seu desfile na Marquês de Sapucaí. Falar sobre a escravidão no Brasil é um espinho na garganta dos conservadores e retrógrados de todos os matizes. Porém, a escola trouxe uma abordagem atual e coerente com a realidade do País: golpe de Estado, destruição dos direitos da classe trabalhadora, liquidação do patrimônio público e o papel da classe média como base “popular” para tudo isso. Fato curioso é que essa denúncia utilizou-se do monopólio da própria imprensa golpista, uma das armas do inimigo, representado sobretudo pela rede Globo, para alcançar projeção internacional.

Numa síntese crítica as alas da escola apresentaram de negros escravizados e pretos velhos aos histéricos paneleiros montados em patos da FIESP, carteiras de trabalho queimadas seguradas por trabalhadores com seis braços, trabalhadores informais (ambulantes) e a cereja do bolo: um presidente vampiro, alusão clara e nítida a Michel Temer.

Claro que os porta-vozes dos senhores do Golpe tiveram de colocar em prática o plano B para não darem ainda mais visibilidade a esta perda de controle da situação.

No dia seguinte ao desfile, no principal telejornal da emissora, o Jornal Nacional, a Globo, no resumo da cobertura do desfile das escolas do dia anterior, deu menos tempo em tela à Paraíso do Tuiuti. Enquanto as demais escolas tiveram pelo menos um minuto ou mais no telejornal; a escola que denunciou o golpe recebeu a metade, 35 segundos.

A manipulação e dissimulação ocorreu em outro programa da emissora, “Encontro”, que recebeu representantes da Escola. Era perceptível o constrangimento dos apresentadores, certamente orientados a não darem vazão a qualquer fala sobre as críticas sociais que, indiretamente, atacam também o império dos Marinhos. Então, os globais fizeram paparicos a uma abstrata e sentimental abolição da escravatura. Em nenhuma das imagens do desfile apresentadas neste programa apareceram o presidente vampiro ou os passistas fantasiados de coxinhas manipulados.

Mesmo que a burguesia ouse atacar a herdeira da Unidos do Tuiuti e Paraíso das Baianas por sua rebelião, certamente ela já conseguiu seu lugar na história dos carnavais e no gosto do povo.

A despeito de todo show business feito sobre os vários carnavais no País, notadamente São Paulo, Rio de Janeiro e estados do Nordeste, esta festa é o que há de mais popular no Brasil. Evento de massas na qual multidões de trabalhadores vão às ruas para se aliviar, brincar e trabalhar. As escolas de samba têm suas raízes nas comunidades pobres, superexploradas, invadidas constantemente pela polícia militar assassina, com muitas famílias lideradas por homens e mulheres negros e descendentes de escravos.

A bem da verdade a burguesia e direita golpista querem cercear o carnaval de massas, reprimir o povo e transformar o evento em diversão para quem pode pagar. Pois o povo na rua significa ameaça aos donos do País.

Por fim, é necessário intensificar a luta contra o Golpe de Estado e toda a desgraça que ele impõe aos trabalhadores. Combater a perseguição da direita que quer prender o ex-presidente Lula, pressionar o Supremo Tribunal Federal a julgar a ilegalidade do impeachment que depôs Dilma Rousseff, legítima presidenta, e a organização das massas populares e suas organizações contra os golpistas, notadamente, com a formação dos Comitês de Luta Contra o Golpe (ou qual nome receberem), são as tarefas do momento. E defender o fim da Globo e do monopólio da comunicação.

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