Na última terça-feira (09), o presidente Jair Bolsonaro decretou uma medida nada popular para os apreciadores de cervejas. No decreto o presidente permite, por exemplo, a não obrigatoriedade do uso do lúpulo na fabricação da bebida, além de poder substituir o malte de cevada por milho ou arroz, que são mais baratos e, produzidos no próprio Brasil, contaria com a presença de inúmeros agrotóxicos já liberados pelo golpista.
No Rio de Janeiro consumidores entrevistados pelo site O Dia já demonstram muita insatisfação, sendo até sugerida manifestação contra a que alguns consideram a medida mais impopular do presidente golpista. Vale destacar que a bebida que é preferência nacional deixará de ser cerveja, ou seja, terá o nome de cerveja, mas sem lúpulo, sem cevada e até a com espuma de mentira pouco sobra do produto original.
A intenção com o decreto não é de melhorar a qualidade do produto, pelo contrário, com as novas normas muito se pode perder em qualidade e ainda trazer prejuízos à saúde, como afirma a nutricionista Ethel Santos no O Dia. A especialista “discorda que a bebida possa ser considerada ‘cerveja’ após tantas mudanças. Por isso, o consumidor deve redobrar a atenção para não comprar gato por lebre. “Se tirar o lúpulo e não usar nenhum derivado da cevada, vai ser uma bebida alcoólica ‘tipo cerveja'”, afirmou. Mestre em alimentação, nutrição e saúde, ela também alerta sobre os impactos no sabor e na saúde.
O que interessa de fato no caso de tal decreto é a ampliação do lucro das indústrias cervejeiras. Não é novidade alguma que desde a ascensão do capitalismo a adulteração de produtos visando o aumento de lucros é prática comum. Não importa a qualidade do produto que a população vai consumir, certamente o trabalhador não será menos explorado por conta do decreto, assim, a decisão de Jair Bolsonaro de permitir a produção de cerveja de mentira só trará benefício, em forma de maior lucro, aos capitalistas.