Essa semana foi descoberto nos Estados Unidos uma fundação chamada, curiosamente, de “Vidas Negras Importam”. A fundação contava com inúmeras contribuições para o “movimento”, e uma reportagem do site BuzzFeed demonstrou que, na realidade, era um estelionato do movimento de massas que está fazendo o engessado e caduco regime político norte-americano tremer. A fundação em questão, na realidade, arrecadava fundos para os carrascos da população negra: os policiais.
Embora no site de doações se apresentassem como “causas populares”, os organizadores também policiais negaram a devolver o montante arrecadado e nem sequer o próprio site revelou o valor roubado das pessoas. Se trata, claramente, de uma distorção e um estelionatário claro do movimento. Com tantos segredos e envolvendo até o aparato repressivo do Estado, provavelmente de costas quentes.
O escândalo é uma entre várias outras tentativas dos capitalistas distorcerem e aproveitarem o movimento negro, um movimento que visa na sua consequência a derrubada da burguesia, ao seu bel prazer. Embora, sem dúvidas, essa é uma das mais grotescas e criminosas. Já anteriormente, o imperialismo infiltrou a CIA nos Panteras Negras para desarmar o movimento com a disseminação de drogas, em especial o crack, e perseguindo descaradamente seus líderes para desestabilizar o movimento armado que buscava se autodefender da conhecida violência policial.
Há também a própria tentativa de dominar ideologicamente o movimento, como agitar a propaganda identitária no seu interior. Essas tendências pequeno-burguesas extremamente desagregadoras conseguem desestabilizar o movimento negro e fazer com que seja sectário o suficiente para negar qualquer tipo de aliança com setores da sociedade igualmente oprimidos. Uma tentativa clara nesse sentido é a manobra de Joe Biden, candidato direitista do Partido Democrata, de colocar uma vice-presidenta negra para enganar os incautos, sendo que o próprio é um político do imperialismo que apoia o genocídio negro e a invasão em países da África.
Outra manobra do imperialismo para desarmar o caráter revolucionário do movimento negro organizado, é o caso da “vitória por cima” de Nelson Mandela, na África do Sul. Onde, para evitar uma revolução popular a burguesia imperialista e a burguesia nacional fizeram um acordo com o ex-guerrilheiro, que estava preso metade de sua vida, para mudar a feição do regime político, mas nada na sua essência. Como demostra, abaixo, o companheiro Rui Costa Pimenta em uma breve explicação:
Essas tentativas esdrúxulas de desmantelar o movimento negro é nítida e certa de se esperar por parte da burguesia, então é mais que necessário denúncias exaustivamente quando elas forem feitas, como nesse caso da tentativa de roubar o movimento em prol da polícia assassina.