A crise econômica causada pelos capitalistas nacionais e, em especial, internacionais, gera uma profunda polarização política na sociedade e a inevitável agudização da luta de classes no país.
A burguesia mostra preocupação com os rumos que a economia brasileira tem tomado, uma vez que seus interesses estão em jogo. Desde o golpe de Estado contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), por meio de um impeachment fraudulento articulado pelos partidos burgueses no Congresso Nacional, a situação se deteriora e a insegurança política se aprofunda. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) estima que a incerteza tirou R$ 40 bilhões do país nestes últimos anos.
Os capitalistas querem conter o avanço da polarização social que se expressa no repúdio generalizado do povo à extrema-direita bolsonarista e aos grandes capitalistas, fruto da situação política e econômica do país. A cada dia percebe-se a piora das condições de vida das massas, expressa no desemprego, na fome e na miséria.
É papel da esquerda, dos movimentos populares e das organizações operárias aprofundar esta polarização, para com isso apontar uma saída revolucionária para a crise econômica criada pelos capitalistas, sem cair na campanha da direita que usa as perdas econômicas como chantagem para os trabalhadores não se mobilizarem.