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O "otimismo" do mercado

Capitalistas comemoram a destruição da quarentena

Apresentada até o momento como a única solução efetiva para combater o coronavírus no Brasil, a quarentena está com os seus dias contados em todo o país, para a alegria capitalista

Apresentada até o momento como a única solução efetiva para combater o Coronavírus no Brasil pelos governos estaduais e municipais, a quarentena também está com os seus dias contados em todo o país. Enquanto a crescente no número de casos e mortes diárias acontecem, a pressão capitalista está fazendo com que aos poucos, os municípios brasileiros voltem com as atividades econômicas, para não haver “prejuízo” aos grandes capitalistas, sob a justificativa de que uma quarentena prolongada aumentaria o desemprego no país. Em São Paulo, estado com maior número de casos e mortes no Brasil, a retomada de atividades está prevista para o dia 11 de maio, e em outros estados como Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná, vários municípios já estão abrindo as portas de comércios, bares, restaurantes, indústrias e a construção civil. Toda essa retomada desesperada da economia, mesmo que gradual, está sendo comemorada pelos capitalistas, afinal, o lucro e as atividades econômicas são para eles mais importantes que a vida dos trabalhadores. 

O ministro da economia Paulo Guedes, filho da escola imunda do liberalismo, vê com otimismo e até fala em uma grande retomada econômica, para ele, o crescimento econômico com o fim da quarentena será tão rápido quanto a queda que está atingindo o mercado. E ele não é o único que está colocando estes interesses econômicos acima da vida dos trabalhadores. Apesar  de usarem demagogicamente a quarentena como a única solução e mostrarem discursos carregados de falsa preocupação com a população trabalhadora, os governadores e prefeitos não aguentaram as pressões capitalistas e estão agindo com o interesse burguês, afinal estes sempre foram os seus papéis, de trabalharem para a população, no caso a população burguesa.

Apesar de alegarem que as medidas tomadas para o fim da quarentena estão sendo tomadas por estudos científicos e também ouvindo especialistas, os trabalhadores estão entrando em uma realidade incerta e arriscando suas vidas em nome do lucro burguês. Os casos aumentam a cada dia nas cidades, mesmo com a escassez de testes, inclusive, os dados podem ser ainda muito maiores, afinal não temos testes suficientes e vemos muitos casos da Covid-19 entrando para a subnotificação. Enquanto isso, o ministro da saúde recém chegado ao governo Nelson Teich já afirmou que o Brasil não terá condições de fazer testagens em massa, ou seja, pelos planos do governo, nós nunca teremos uma real dimensão de como a pandemia está se desenrolando no país, pois não temos a noção real de quantos estão infectados ou morrendo pela doença. Os governos afirmam que estão tomando os devidos cuidados para voltarem com as atividades econômicas, enquanto ao mesmo tempo estamos vendo estados chegando ao caos da saúde pública como o Amazonas, que já começou a realizar enterros em valas comuns, ou no Rio de Janeiro, onde médicos estão começando a lidar com a situação de terem que escolher quem vai ou não poder usar um respirador numa sala de UTI, além dos problemas nos estados do Pará e do Ceará. Governadores admitem que estão retomando atividades em cidades onde os leitos estão com a capacidade maiores do que o previsto, mas esquecem que a doença demora dias para se manifestar de forma mais grave e que também há casos em que o quadro do paciente se desenvolve para o crítico rapidamente, ou seja, a circulação maior de pessoas pode levar ao caos da saúde pública repentinamente e assim não teremos nenhuma alternativa para revertermos o caso.

O falso clima de que tudo está sob controle ignora todos os relatos e números que temos acompanhado dia após dia, famílias que antes viam a doença como algo distante estão vendo números virarem nomes de seus familiares, amigos e conhecidos, e ao contrário do que se esperava, a preocupação veio contemplar a Economia, e não a vida dos trabalhadores. Enquanto capitalistas comemoram a retomada econômica e de seus lucros com a falsa retórica de que a preocupação é com o aumento do desemprego e a quebra da economia, os trabalhadores voltam a arriscar as suas vidas sem uma garantia de que poderão ser atendidos numa UTI se precisarem, e terão a chance de se curarem e se salvarem da doença, tudo em nome da economia burguesa. Existem trabalhadores sem condições mínimas de higiene para se protegerem adequadamente do vírus, falta máscara, falta álcool em gel, falta saneamento básico, e ainda temos os trabalhadores que em meio a toda essa crise estão numa longa espera pelo auxílio emergencial, que podemos chamar de esmola, que não está sendo devidamente liberada para os trabalhadores. Fome, desemprego, descaso do Estado, e ainda colocando suas vidas em risco para sobreviverem e manterem os capitalistas em pé, esta é a realidade do trabalhador brasileiro dentro da crise capitalista do Coronavírus. É preciso a união e a luta dos trabalhadores, seja em conselhos populares, seja em grandes manifestações, para que os mesmos possam exigir aquilo que é necessário para enfrentar a crise e para que suas vidas sejam preservadas. Na luta capitalista entre a burguesia e o proletariado, a luta dos trabalhadores é pela vida. 

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