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Na Índia, mulheres têm útero retirado para maior produtividade

Centenas de mulheres cortadoras de cana-de-açúcar tiveram seus úteros extirpados à força em uma comunidade no oeste da Índia, para maior produtividade no trabalho.

Ativistas pelos direitos da mulher denunciam que foram realizadas mais de 4,5 mil histerectomias em hospitais privados na região de Maharashtra nos últimos três anos. São cerca de 1,4 milhão de indianos que trabalham na temporada de corte da cana no estado de Maharashtra. A maioria dos camponeses vem principalmente dessa região de Marathwada, sendo uma grande parte mulheres.

As mulheres cortadoras de cana são submetidas há um trabalho praticamente escravo nas usinas de cana: extremamente exaustivo, com baixos salários, trabalhando grávidas até o momento do parto e,  para os patrões, as mulheres que trabalham enquanto menstruam não são tão produtivas. Por isso, forçam as mulheres a retirarem o útero e ainda arcar com os custos retirando dos seus próprios salários. Os médicos dos hospitais privados, por sua vez, fazem o papel de convencer as mulheres de que, depois de 2 ou 3 gestações o útero se torna inútil, que pode desenvolver várias doenças, cobrando cerca de 30 mil rúpias (500 euros) para fazer a cirurgia de retirada, o que é aproximadamente o salário de uma temporada inteira.

Depois da cirurgia de retirada do útero as mulheres são obrigadas ainda a voltar a trabalhar sem tempo de recuperação, podendo acarretar severas consequências para a saúde, deixando-as incapacitadas, com problemas crônicos, ou até levar à morte. Assim, as mulheres cortadoras não têm apenas seu trabalho explorado mas também seus corpos controlados de acordo com os interesses dos capitalistas: obter maior produtividade possível e de maneira ininterrupta.

Ao longo do desenvolvimento do sistema capitalista, os métodos de opressão a mulher foram sendo aprimorados. As mulheres são submetidas às piores condições de trabalho, são as que mais sofrem com a exploração que já é muito grande normalmente. Em um quadro geral, os direitos das mulheres apenas regridem, na medida em que o sistema capitalista se apodrece cada vez mais e a burguesia precisa salvar os seus lucros aumentando a exploração, que começa dos grupos mais vulneráveis da sociedade – entre eles, as mulheres.

Portanto, se, por um lado, a burguesia se vê obrigada, pela pressão das mulheres, a conceder alguns direitos a elas, quando ela necessita, ela simplesmente rasga todos os direitos conquistados pelas mulheres para poder ela mesma sobreviver. No capitalismo, não há condições para as mulheres desfrutarem de plenos direitos. Elas precisam se juntar ao proletariado pela Revolução, a fim de alcançarem verdadeiras conquistas e acabar com a opressão.

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