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Capacho de Trump: primeiro-ministro do Canadá financia golpe na Venezuela com pretexto de “ajuda humanitária”

O Grupo de Lima se reuniu no dia 04 de fevereiro em Ottawa/Canadá, com a clara intenção de definirem as estratégias para derrubar o governo Maduro na Venezuela, o que inclui um ataque militar contra o país.

Uma das decisões tomadas e anunciadas com pompa e circunstância pelo governo canadense foi a destinação de U$ 53 milhões para “ajuda humanitária” para “apoiar o povo da Venezuela”. Ou seja, dinheiro para financiar uma intervenção no país e sustentar ações de um suposto governo paralelo, sob direção do traidor Juan (Gerardo) Guaidó (Márquez).

A verdade é que, a despeito de o governo canadense afirmar que não apoia intervenção militar, grupos como o Hands Off Venezuela (Tirem as Mãos da Venezuela) não têm dúvidas de que o Grupo de Lima, sob ordens dos EUA, esteja preparando uma guerra contra o país. Mais, denunciam que a reunião do Grupo de Lima “não é legal, porque é uma violação das leis do direito internacional e de todas as regras das Nações Unidas de respeito pela integridade do território dos países e pelo direito do povo de escolher seu governo e seu sistema econômico por conta própria”.

Não resta dúvidas de que tal suposta “ajuda humanitária”, além de uma ação de propaganda, seja um pretexto para financiar um golpe, mais um que pretendem impor à Venezuela.  O imperialismo quer o petróleo da Venezuela e o controle absoluto do subcontinente.

E essa história não começou ontem, ela tem inicio em 1883 com a exploração de asfalto pela empresa The New York and Bermudez Company que, é bom relembrar, financiou opositores do general Cipriano Castro, então chefe do governo Venezuelano, em 1899. Depois, em 1909, a The Venezuela Development Company Ltd, foi autorizada a explorar hidrocarbonetos no país. Mas os Ingleses foram mais rápidos e tinham noção mais clara do que estava em disputa, por isso a Royal-Dutch Shell, fazendo sua primeira exploração com rendimento extraordinário em 1914, o “Mene Grande”, fazendo suas ações subirem 200%. Logo em seguida, a Britsh Controlled Oilfield comprou o quanto pode de terras no país.

A Standard Oil (a Esso) chegou tarde na Venezuela, exatamente porque os EUA não tinham ainda consciência nacional da importância vital dos combustíveis minerais, além de o capitalismo norte-americano, naquele período da Primeira Guerra e até pouco depois de seu fim, ser ainda tipicamente financeiro, predominando a exportação de capitais.

Assim que os EUA assumiram que teriam que formar um império petrolífero, não tiveram duvidas de que o Caribe era a zona mais propicia, por sua proximidade, rotas de acesso dos mercados de consumo, além de mão de obra barata. O México foi a primeira escolha e era o produtor de petróleo mais importante da região na década de 1920. A Venezuela, por sua vez, produzia quase nada e de suas reservas ainda não se sabia o tamanho e o valor.

Quando o governo mexicano fechou as portas para a exploração estrangeira, e com as facilidades oferecidas pelo governo capacho venezuelano da época, entraram na Venezuela cerca de 35 companhias norte-americanas, com muito dinheiro, para disputar a exploração do petróleo venezuelano. Em 1931, a Venezuela já era considerada um país de primeira categoria na exploração de petróleo, com extração, naquele ano de cerca de 120 milhões de barris.

Ontem como hoje, os norte-americanos e ingleses não tinham em seus planos ajudar o país e seus cidadãos a melhorar de vida, a modernizar o país. Enquanto produzia muito petróleo, vendia seu combustível a preços exorbitantes para a população. Os gringos ganhavam duas vezes: exploravam o petróleo a preço de banana, o levavam para lugares como Curaçao, Aruba, ou mesmo Nova Jersey, onde construíram refinarias – também com regalias fiscais, produziam gasolina, diesel, querosene e outros derivados e os vendiam para a Venezuela a preço de ouro. As empresas petrolíferas cada vez mais ricas e a população venezuelana cada vez mais pobre, com governos autoritários sustentados pelo império.

A Venezuela continua a ser o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, os norte-americanos mantém sua política de preservar suas próprias reservas ao máximo e explorar outros países a fim de garantir que sua hegemonia seja igualmente preservada no longo prazo. Os interesses dos EUA ou do Canadá pela Venezuela não são humanitários, mas puramente comerciais, trata-se de dinheiro, trata-se de política econômica, de geopolítica, de dominação.

A esquerda festeira, pequeno burguesa, ao fazer o jogo do imperialismo, deve ser denunciada, condenada, responsabilizada pela guerra que se quer impor na América Latina contra os que não se sujeitaram aos planos dos Ianques. O Grupo de Lima é a união dos governos capachos dos EUA e não merecem respeito. O Canadá merece repudio, o Grupo de Lima merece a execração.

Fora o imperialismo da Venezuela!

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