As agências da Caixa Econômica Federal, no país inteiro, estão passando por um verdadeiro caos. Ambientes fechados, lotados e com clientes se amontoando fora das dependências bancárias fazem o risco de contaminação ser altíssimo.
Nas agências, sob severa insalubridade dado o contexto de uma pandemia viral, não há mínimas condições de trabalho e menos ainda para os clientes utilizarem os serviços bancários.
O governo golpista e ilegítimo de Bolsonaro, e seus prepostos à frente da Caixa, se recusam a fornecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nos locais de trabalho, os clientes se aglomeram, tanto dentro das agências e nas salas de autoatendimento, quanto fora, em filas gigantescas, sem que sejam dadas as mínimas condições necessárias de proteção ao contágio.
Os trabalhadores das agências bancárias precisam interromper, imediatamente, as suas atividades naqueles locais em que não haja as devidas condições de proteção do trabalhador. Organizar comitês de empresas nos locais de trabalho para que os próprios bancários decidam o que fazer em relação a sua exposição à pandemia do coronavírus. Organizar uma pauta de reivindicações para atender a necessidades urgentes da categoria e, em especial nos trabalhadores da CEF. A agência localizada na Cidade Satélite de Brasília, Santa Maria, acaba de ser interditada devido a confirmação da contaminação do coronavírus, o que acabou obrigando todos os trabalhadores ficarem em quarentena em suas residências. No último boletim oficial, que data do dia 12 de abril, já passam de 10 o número de mortos na categoria bancária. Os números, nem de longe, representam o que efetivamente está acontecendo. Estudos revelam que apenas 0,95% dos casos de contaminação teria sido computados, mas o que mais chama a atenção são as declarações dos coveiros, revelando a quantidade de mortos enterrados periodicamente, como foi o caso da cidade de São Paulo e as valas comuns que estão sendo abertas no estado do Amazonas.
A direção da Caixa, como boa bolsonarista que é, não está nem um pouco preocupada com as vidas dos seus trabalhadores e muito menos com a população. Nesta semana começou a convocar os trabalhadores dos Centros Administrativos que estão trabalhando remotamente a retornarem aos seus locais de trabalho. Segundo a direção da empresa, é um retorno “voluntário”. Se trata de uma verdadeira conversa fiada, todo mundo sabe que o “voluntário” dos patrões nada mais é do que um terrorismo e ameaças veladas, se não houver o cumprimento da volta com certeza os trabalhadores serão, de alguma forma, punidos, seja através de descomissionamento, transferências compulsórias, etc.
Os bancários da Caixa, e demais bancários, continuam trabalhando normalmente em meio à pandemia e à quarentena. Mesmo não sendo uma atividade essencial, os serviços continuam e os banqueiros se recusam a parar o atendimento presencial, deixam os bancários ao deus dará, quando não fornecem equipamentos de segurança adequados para que minimamente o trabalhador se proteja. As agências bancárias estão na linha de frente para o alastramento do contágio do Coronavírus, tanto para os bancários quanto para os clientes, por se tratar de ambientes fechados, não arejados, de grande aglomeração de pessoas. As medida de proteção devem ser tratadas com a devida urgência já que se trata de um ambiente extremamente propício para a propagação do doença. Os trabalhadores das agências bancárias precisam interromper, imediatamente, as suas atividades naqueles locais em que não haja as devidas condições de proteção. Organizar comitês de empresas nos locais de trabalho para que os próprios bancários decidam a ação a ser tomada, em defesa de seus interesses, e a pauta de reivindicações para atender a necessidades urgentes da categoria.