A política de cortes orçamentários no Sistema Único de Saúde (SUS) levada a cabo pelo governo do fascista Jair Bolsonaro no decorrer do ano começa a fazer sentir seus efeitos. O sucateamento e até mesmo a paralisia da rede de atenção básica é um dos resultados desta política, que tem levado à falta de vacina pentavalente nos municípios do País.
A vacina pentavalente, uma combinação de cinco vacinas e uma só e que protege simultaneamente contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e uma bactéria responsável por infecções no nariz, na meninge e garganta, está em falta nos postos de saúde de diversas cidades do País. Bebês devem tomar as doses aos dois, quatro e seis meses de vida. A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda que as mulheres grávidas fiquem atentas a esta vacina que ajuda na proteção dos bebês.
Ao todo são distribuídas 800 mil doses da pentavalente por mês, mas em novembro nenhuma foi enviada aos Estados. O Ministério da Saúde alega que recebeu um lote de vacina importado da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e que este foi reprovado em análise.
O problema da falta de vacinas na rede básica de saúde não é devido a um problema conjuntural, como afirma o Ministério da Saúde dirigido pelo governo de extrema-direita. Pelo contrário, é uma consequência da política dos golpistas de ataque e de preparação para a privatização dos serviços públicos de saúde. O Golpe de Estado de 2016 aprofundou em grande escala o desmonte do SUS e a concessão dos serviços de saúde ao capital privado via Parcerias Público-Privadas (PPPs). A população trabalhadora tem ficado cada vez mais desassistida em sua saúde.