Domingo, dia 23 de junho, encerraram-se as inscrições das chapas para as eleições presidenciais na Argentina. De uma lado, a chapa do atual presidente neoliberal, Maurício Macri, que está destruindo o país. Do outro, a chapa de Cristina Kirchner, que capitulou diante da pressão do imperialismo e lançou-se vice de Alberto Fernández.
Diante da crise política do atual governo, Macri lançou um candidato da ala direita do peronismo para vice-presidência – Miguel Piccheto. Um neoliberal, inimigo do povo, assim com ele. Um Macri disfarçado sob a reputação do nacionalismo argentino. Porém, a destruição realizado pelo atual presidente é tão grande que a manobra não dá resultados.
Porém, para quem acredita que Macri não poderá ganhar diante da devastação que estão realizando na Argentina, devo lhes dizer que estão enganados. Assim como no Brasil, estão preparando a fraude eleitoral para manter os carrascos da população no poder.
Uma coisa que Kirchner não sabia quando capitulou totalmente e cedeu à presidência da chapa para um elemento de direita em seu partido, Alberto Fernández, um homem dos bancos, é que isso é uma das principais manobras da fraude eleitoral.
Fraudar as eleições a favor de Macri contra Cristina Kirchner, a senadora mais votada do país, e de longe a política mais popular do país, seria algo muito difícil. Assim com fraudar eleições a favor de Bolsonaro contra Lula, no Brasil, seria muito difícil. E foi exatamente por isso que pressionaram ela a não concorrer à presidência da república. Da mesma forma que pressionaram Lula a não ir até o fim em sua candidatura e lançar logo o amigo da direita, Fernando Haddad como candidato do PT.
Assim foi feito, e agora a capitulação de Kirchner já começa a dar frutos. A fraude já começou a ser anunciada. Pesquisa do Isonomia divulgou projeções para o primeiro turno das eleições argentinas, que serão realizadas em outubro.
A chapa de Kirchner teria um empate técnico com Macri – o homem mais odiado do país. Algo absurdo de se acreditar. Mas tratando-se de Alberto Fernández, e não da ex-presidenta do país, algo mais fácil de fazer acreditar à população.
Desta forma, fica muito mais agradável para a burguesia manipular o processo. Não querem o nacionalismo no poder de jeito nenhum. Por isso, defendem Macri – homem de confiança dos bancos – e esvaziaram o apoio à outra chapa colocando outro banqueiro. Assim, a burguesia mostra mais uma vez como reeleger o homem mais odiado do país: basta manobrar. Pressiona para que o político mais popular não concorra (em último caso, prenda-o, como fizeram com Lula), coloque em seu lugar um pseudo-esquerdista pouco conhecido, mas aliado da direita, e finja que seu candidato agora tem mais chances de ganhar agora que o candidato do povo foi retirado do processo eleitoral (no caso argentino, colocado de escanteio). Parece o Brasil, não acham? Claro, pois são os mesmo orquestradores da fraude.