Na última sexta-feira (16), dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) de Caraguatatuba (SP) sofreram um atentado da direita, com o uso de armas de fogo. Diante do ocorrido, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, se pronunciou colocando que “no Brasil de [Jair] Bolsonaro, o recurso à violência física contra a oposição está virando lugar comum. Mas isso não pode ser tolerado”.
O partido registrou neste sábado um boletim de ocorrência na delegacia da Polícia Civil e pediu abertura de uma investigação.
O episódio ocorreu enquanto os candidatos saíram para lanchar após realizarem atividades da campanha, como relata o presidente municipal do PT, Luan Moreno:
“A gente encerrou a campanha e paramos para comer um lanche, quando deixávamos o local, um carro parou e o seu ocupante passou a deferir ofensas contra o grupo, atacando o partido com palavras de baixo calão e muito ódio. Evitamos entrar na discussão e continuamos caminhando em direção aos carros. Em seguida, ouvimos vários disparos de arma de fogo, pelo menos quatro tiros”.
Outros atentados similares aconteceram recentemente em São Paulo e Goiás, contra a presidenta do PT em Nuporanga e a contra a sede do PT em Goiânia. Fora os ataques físicos, observa-se nessas eleições um aumento da repressão e perseguição política contra os partidos de esquerda, com a clara tentativa de boicotar a campanha nas ruas.
Esse tipo de intimidação truculenta contra os partidos e organizações dos trabalhadores não é algo novo. Foi assim também na Itália e na Alemanha, onde os fascistas, através da violência física, impediam a esquerda de fazer campanha, até aniquilar as suas organizações de luta dos trabalhadores completamente.
Por isso, ao invés de abaixar a cabeça, é preciso intensificar a campanha de denúncias contra a ofensiva ditatorial da direita e lutar por reivindicações verdadeiramente populares, pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas. Desta forma, além da mobilização em torno das denúncias, é preciso formar comitês de auto defesa dentro das organizações populares.