Em 2015, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiu o registro do “Partido Novo”. Apesar do nome, no entanto, o partido não apresenta absolutamente nada de novo, mas sim concepções neoliberais falidas, que não possuem qualquer consistência e já foram desmascaradas na prática. Formado em geral por empresários e alguns setores reacionários da pequena-burguesia, o Partido Novo é, talvez, o maior defensor – pelo menos no discurso – do “Estado mínimo”.
Para o Partido Novo, o Estado deveria desempenhar um papel muito menos presente do que desempenha hoje. Em teoria, a reivindicação do Partido Novo poderia parecer ajusta, pois o Estado burguês é responsável por inúmeras atrocidades que acontecem com a população, como o assassinato de negros pela PM. No entanto, isso não passa do mais puro cretinismo.
O Partido Novo não quer “diminuir o Estado” para que a população não seja reprimida quando se voltar contra os seus opressores. Tampouco defende o Partido Novo que o Estado não “salve” os banqueiros e empresários quando eles estiverem à beira da falência. O que os “liberais” do Partido Novo querem são os direitos que os trabalhadores conquistaram por meio da luta política, como o acesso gratuito à Saúde.
No mês de abril, João Amôedo, que é pré-candidato do Partido Novo à Presidência da República deu mais uma declaração explicando o que é o “Estado mínimo”. Segundo ele, “se empresas pagam salários distintos entre homens e mulheres, Estado não deve interferir”. Utilizando o lema dos golpistas “a Justiça é para todos”, Amôedo chega ao cúmulo de insinuar que ter uma lei que defenda o direito de a mulher não receber menos que o homem seria uma “discriminação” com a mulher.
O Partido Novo é mais um dos partidos que compõem o Regime Político dominado pelos golpistas. Independentemente da mirabolância de suas teorias, o que precisa ficar claro são os interesses desse partido: manter a submissão dos trabalhadores à burguesia, isto é, aprofundar o golpe de Estado dado contra a presidenta Dilma Rousseff.