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Candidato do imperialismo ainda é Alckmin, reafirma “Financial Times”

Em matéria publicada nessa quinta (4), o jornal inglês Financial Times reafirmou que Geraldo Alckmin (PSDB) ainda é o candidato preferencial do imperialismo à Presidência da República no Brasil. O jornal classifica o embate eleitoral polarizado como “um pesadelo para o mercado”, ponderando que nenhum dos dois candidatos que lideram as pesquisas – Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) – teria força política suficiente para realizar as reformas dentro da política de “austeridade” preferida pelos banqueiros para garantir o pagamento de juros de dívidas. No vídeo que acompanha a matéria, o correspondente Joe Leahy afirma que os mercados “teriam preferido o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, visto um moderado de centro-direita, mas ele está atrás nas pesquisas”.

Segundo a matéria, se o mercado oferece algum apoio à candidatura dos militares é devido à presença de Paulo Guedes à frente de sua equipe financeira. Guedes é um Chicago Boy formado em Chicago com Milton Friedman – um dos pais do neoliberalismo. Entre outros egressos da mesma escola, por exemplo, está a equipe econômica da ditadura de Pinochet no Chile, que assassinou Salvador Allende, destruiu o país e caçou brutalmente seus opositores. Na matéria do Financial Times, um diretor do grupo de investimentos Aberdeen Standard, Peter Taylor, reforça que com o apoio do chamado “centrão” – na verdade, da direita –, Bolsonaro teria a base política necessária para aprofundar o golpe. Conforme o texto, agências de monitoramento de investimentos informam que o mercado de ações já havia reduzido drasticamente o fluxo antes do período eleitoral, tornando-o menos suscetível às variações políticas, e portanto mais propensos a fazer apostas políticas de risco.

Isso porém não diminui a apreensão dos investidores internacionais. Segundo o jornal, a aposta em Bolsonaro seria um investimento de alto risco. Segundo o corretor de investimentos Paul Greer, da agência Fidelity International, “há dois cenários que poderiam mudar nossa opinião geral a médio prazo. No primeiro, Bolsonaro vence com enorme apoio, ganha base no Congresso e apresenta uma estratégia clara e unificada para uma reforma fiscal. No segundo, se Haddad ganhar, ele nomeia um ministro da fazenda pragmático e apresenta uma estratégia agressiva de reforma fiscal. Infelizmente, não vemos nenhum desses cenários parece provável”.

A matéria vem na esteira de outras manifestações similares de outros porta-vozes do imperialismo. Em 21 de agosto, por exemplo, o norte-americano The Wall Street Journal publicou um artigo lamentando a subida de Bolsonaro, acenando ainda que “candidatos do establishment ainda poderiam vencer em outubro”. A campanha mais forte antibolsonarista foi promovida pela revista também inglesa The Economist, que em 20 de setembro estampou em sua capa o militar, com a manchete Jair Bolsonaro: a última ameaça da América Latina.

Como se sabe, o imperialismo comanda o núcleo duro do golpe, que controla a imprensa, a Justiça eleitoral, a Justiça federal, o Poder Executivo. A dois dias do primeiro turno das eleições, e nenhuma movimentação nas pesquisas, diversos analistas começam a se perguntar se o “mercado” teria se alinhado à candidatura de Jair Bolsonaro ou de Fernando Haddad. Ou mesmo se estaria disposto a enfrentar um segundo turno polarizado, capaz de mobilizar a população nas ruas. Para o Financial Times, não é o caso. Que carta teriam na manga para impor sua vontade?

 

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