O prefeito bolsonarista Marquinhos Trad (PSD), da cidade de Campo Grande, prorrogou o toque de recolher por mais 15 dias. Desde o dia 21 de março, vigora a proibição de circulação de pessoas das 22h às 5h na cidade.
De acordo com o decreto da prefeitura municipal, os estabelecimento que não respeitarem o toque de recolher poderão ter o alvará de funcionamento cassado. A fiscalização está sendo feita nas ruas pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur). A GCM tem abordado as pessoas nas ruas e até mesmo entrado em casas.
A cassação do direito de ir e vir, garantido pela Constituição, é uma medida ditatorial e antidemocrática. A extrema-direita bolsonarista tem se utilizado da pandemia do coronavírus como um pretexto para implementar medidas ditatoriais e prorrogá-las indefinidamente, de forma progressivamente estabelecer o novo AI-5 defendido por Jair Bolsonaro, seus filhos, os generais das Forças Armadas e a extrema-direita fascista.
A direita “democrática” e o bloco político do Centrão (MDB, PSDB, DEM, PSD, Progressistas, Republicanos) que controlam o regime político e demagogicamente procuram se distanciar do Bolsonaro, na verdade vêm implementando as medidas defendidas pelo presidente fascista. As medidas de tipo ditatorial, a cassação de direitos democráticos, as operações de Garantia de Lei e da Ordem pelas Forças Armadas não passam de experiências para preparar a ditadura militar.
A crise do coronavírus tem sido instrumentalizada pela “direita democrática” para avançar sobre os direitos fundamentais da população.