A polícia militar consiste em uma verdadeira máquina de guerra e extermínio contra a população pobre e trabalhadora. Isso pode ser comprovado verificando a situação do Rio de Janeiro, hoje governado pelo golpista Wilson Witzel. A PM carioca, de janeiro a agosto deste ano, já executou 1249 pessoas, o que dá uma média de 5 pessoas mortas por dia. O último caso foi a morte de uma menina de apenas 8 anos de idade, Agatha Félix, por um tiro disparado pela polícia.
Em São Paulo, a situação não é diferente. O estado mais rico do país, hoje comandado pelo golpista João Dória, apresenta uma sequência de aumento de mortes provocadas pela polícia nos últimos anos. Segundo os dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, houve um aumento de 4,2% no número de pessoas mortas pela polícia no primeiro semestre de 2019, atingindo a casa de 414 pessoas executadas, enquanto que em 2018 foram 397. É preciso ressaltar sempre que os números ditos “oficiais”, na verdade são todos manipulados para não revelar a verdadeira realidade do genocídio que toma conta do país.
O caráter violento e brutal da PM tem efeito não apenas externamente, contra a população pobre, mas também internamente atingindo os próprios policiais. Foi o que aconteceu na última segunda-feira, 23, em Campinas, no 47º Batalhão da cidade.
Um policial militar, Tiago de Carvalho Machado, foi morto dentro do próprio batalhão por outro militar. A morte aconteceu no início da tarde da segunda-feira, após levar um tiro, o PM, mesmo caído, foi alvejado por outros dez tiros na cabeça.
O caso demonstra que não há mais qualquer controle sobre a PM, há uma verdadeira carta branca para as execuções, passando por cima de qualquer lei ou norma. Isto é consequência da política golpista, de aprofundamento da repressão e da violência contra o povo.
A úncia forma de pôr um fim no massacre perpetrado por essa instituição é exigindo seu fim. É preciso acabar com a Polícia Militar, colocá-la abaixo, dissolvê-la. Trata-se de uma instituição que não possui qualquer controle pelo povo, pelo contrário, age com o objetivo de impor o terror à população.