A campanha eleitoral do PCO é fundamentada na palavra de ordem “Fora Bolsonaro”.
Esse fato nos valeu a calúnia da imprensa da burguesia. Em lugar de falar que o PCO apoia a saída de Bolsonaro e que eles não são favoráveis a isso, procuram não bater de frente e dizem que o PCO não tem plano de governo. Uma tentativa de domesticar o partido para discutir pequenas questões administrativas do município, como fazem todos os demais partidos.
O PCO tem sim um plano de governo, embora saiba que não vai ser eleito. Muito melhor do que o plano da burguesia, o partido começaria por não pagar os bancos. Ou seja, trata-se apenas e tão somente de uma calúnia.
Essa é provavelmente a primeira eleição em que o PCO sofre uma campanha de calúnias por parte da burguesia relativamente extensa e em grande escala. Há muita polêmica e muita acusação falsa, muita tentativa de impedir nossos candidatos de falar, apesar de o partido ser excluído dos debates televisivos e não ter tempo na televisão e no rádio.
Apesar disso, aparentemente, a campanha política do partido parece ter repercussão maior que em todas as campanhas anteriores. Nota-se a preocupação de vários jornais da burguesia de nos atacar, o que é muito significativo.
É uma evidência de que a qualidade e a profundidade da influência partidária mudou nessa eleição e que ela tem uma importância.
É uma indicação da evolução da situação política, da radicalização latente, e mostra o desenvolvimento do partido.
Mostra, assim, que foi um acerto ter lançado uma campanha eleitoral verdadeiramente de partido, contra a campanha de candidatos avulsos que transformam todos os partidos de esquerda em legendas de aluguel.
Não é uma campanha “de candidatos”, onde o partido se dissolve diante dos candidatos. É uma campanha de partido apesar de que a legislação e a organização das eleições desfavorece esse tipo de campanha.
É uma vitória não apenas para o PCO, mas para os trabalhadores. Se eles têm que construir um partido próprio, esse partido tem que ser de verdade e não uma legenda para eleições.
O PCO já não é um partido de tipo eleitoral. Ele atua em todas as situações, como partido.
O PCO atua como partido em todos os lugares. Quer dizer, está procurando construir um partido que sirva para organizar a população trabalhadora em todos os sentidos e na eleição isso significa fazer uma campanha de partido. Logicamente que essa campanha é feita sobre a base de um programa único.
Nesse sentido, o PCO comparece às eleições para denunciar verdadeiro caráter da eleição. Dissecar cada um dos elementos da eleição, mostrar todas as características antidemocráticas, criticar toda atuação demagógica da esquerda e obviamente denunciar a direita.
São tarefas fundamentais, pois a classe operária só pode avançar sobre a base da consciência, do esclarecimento.