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Caixa ameaça paralisação: bancários devem colocá-la em prática

Diante da proposta de cortes de direitos dos bancários, presidente da Fenae garante que os empregados da Caixa Econômica Federal não aceitarão nenhum direito a menos.

Diante da atual crise econômica e epidemiológica, a Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN) resolveu atacar os direitos dos trabalhadores da categoria, apresentando uma proposta que deve aumentar ainda mais o lucro dos banqueiros e que precariza ainda mais condições materiais de vida de seus explorados. O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) garantiu que os trabalhadores da estatal, que são os mais afetados desde o golpe de 2016 e que estão na linha de frente do pagamento do auxílio emergencial, não vão aceitar nenhum direito a menos e deverão entrar em greve.

As condições de vida dos empregadores da Caixa Econômica Federal estão deteriorando desde o golpe de 2016 com o golpista Michel Temer na presidência. Os ataques começaram com cortes de exames anuais de acompanhamento da saúde dos funcionários, corte de aplicação de vacina da gripe nos postos de trabalho e evoluiram para cortes de benefícios como vale-cultura, abertura de Plano de Demissão Volutária (PDV) com objetivo de diminuir o quadro em 20 mil trabalhadores, o que sobrecarrega os remanescente e precariza os serviços, também se iniciaram aberturas de agências aos sábados para pagamento do FGTS inativo, extinção de postos de função gratificada e plano de carreira. Isso sem contar a perda de poder de aquisitivo dos empregados, uma vez que, os índices de inflação foram totalmente falsificados.

Mas foi no início do governo de Jair Bolsonaro que os ataques se intensificaram, no primeiro ano de governo, apesar do esforço em diminuir o lucro da Caixa, a estatal anunciou seu maior lucro na história e, através de manobras contábeis, 7 bilhões simplesmente desapareceram, o que impactou no Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que os funcionários recebem. Além disso, a carga horária dos trabalhadores aumentou em 15 minutos, o que significa aumento de dezenas de milhares de horas de exploração, preparou-se o controle de produtividade (GDP – Gestão de Desenvolvimento Pessoal), que hoje a direção golpista da Caixa quer utilizar para cálculo do PLR do empregado.

Naquele momento, Paulo Guedes anunciava a intenção de privatização das estatais e a venda de ações da Caixa nas Bolsas de São Paulo e Nova Iorque. O presidente golpista da Caixa, Pedro Guimarãe, anunciava a venda de áreas extremamente lucrativas como cartões, seguros e loterias. Além disso, promoveu o estrangulamento do crédito onde mais de 10 bilhões foram absorvidos pelos bancos privados, em especial, o Itaú. A direção golpista também se desfez de ativos de alta liquidez como ações do IRB, na contra-mão dos bancos privados, bem como ações da Petrobrás com direito a voto nas decisões desta outra gigante estatal.

No atual momento, com a exclusividade da Caixa Econômica Federal no pagamento do auxílio emergencial, os funcionários da Caixa estão sobrecarregados, expostos aos riscos do contágio do coronavírus, uma vez que, não recebem máscaras tampouco qualquer orientação sobre uso, as áreas de uso comum não são devidamente desinfectadas, entre outras coisas estão sobre intensa pressão pelas metas, entrando mais cedo e trabalhando aos sábados. Os bancários da Caixa ainda tiveram grandes perdas nas cotas de seu fundo previdenciário (FUNCEF) que, além ser divulgado com grande atraso, o meses de dezembro foi alterado e janeiro zerado sem qualquer justificativa. Já o plano de saúde (Saúde Caixa), sem discussão com Conselho de Usuários, teve relatório financeiro deficitário diferente dos anos anteriores que foram superavitários.

O Congresso Nacional já havia tentado, através da MP 936, aumentar a carga horário dos bancários para abrir as agências aos sábados. Agora a FEBRABAN quer reduzir o PLR dos trabalhadores em 48%, oferecer reajuste zero que significa perda salarial de 2,65%, cortar da 13a. cesta de alimentação e ainda reduzir o valor das funções gratificadas. Além disso, a direção golpista da Caixa quer aumentar os encargos referentes dos empregados sobre o plano de saúde devido ao resultado deficitário. Diante do acumulo e mais estes grandes ataques, o presidente da Fenae se manifestou pra dizer que a categoria não vai aceitar perder mais nenhum direito e que o avanço da direção sobre os direitos dos empregados deve implicar inevitavelmente em greve.

É importante compreender que estes ataques não configuram fato isolado, no mês de agosto os trabalhadores da Renault entraram em greve devido ataque aos salários e benefícios como transporte, alimentação e saúde; o mesmo que acontece neste momento com os funcionários da Volkswagen e que deve resultar em greve. Os trabalhadores dos Correios (ECT) também estão em greve pelo ataque a 70 cláusulas do acordo coletivo com a Federação. A eminete greve dos empregados da Caixa poderá estimular outros setores como a Petrobrás. A luta econômica se esgota e toma caráter de luta política, pois todas as categorias de trabalhadores estão sob ataque da política de Bolsonaro. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) precisa começar articular os trabalhadores de todas categorias em conjunto a todos movimentos sociais, organizações populares e partidos de esquerda para construção de uma gigante e poderosa greve geral, uma luta permanente intrasigente contra o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, inimigo da população, eleito por uma fraude que prendeu Lula, pela derrubada do regime golpista e por novas eleições gerais.

 

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