Toda a imprensa noticiou o ocorrido com Bolsonaro, à exceção da Rede Globo, que, com isso, mostrou uma vez mais, claramente, de que lado está dentro do regime. Foi o caixa 2, esquema de utilizar recursos não declarados para se fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
O esquema do incorruptível Jair Bolsonaro se fundamentava em empresários que bancavam vários milhões de reais para impulsionar determinadas mensagens no Whatsapp, pelo menos. Todo esse dinheiro não foi declarado pela campanha eleitoral de Bolsonaro, por isso seria caixa 2. Até aqui, simplesmente não tem novidade.
O que tem é que a direita lançou uma campanha de combate à corrupção e, quando mexe um pouco no regime, se descobre que todo ele é corrupto, especialmente o candidato anticorrupção.
Mas o que é interessante no debate é que os votos de Bolsonaro, parecido com os que receberam Janaína Pascoal ou Major Olímpio, teriam sido resultado desse bombardeio de mensagens no Whatsapp, e não de fraude pura e simples das urnas eletrônicas, o que é super simples de se fazer, como vários especialistas já mostraram.
Estão buscando anular as eleições (PDT, PT e outros) com base no dinheiro que foi gasto no Whatsapp e não com base na fraude das urnas, na fraude da eleição de conjunto. Fraude esta controlada pela Justiça Eleitoral, a mesma destinatária das ações de anulação do pleito presidencial de 2018.
A ausência de Lula, por exemplo, já transforma as eleições de 2018 em uma fraude total. Os votos dele podem muito bem ser manipulados eletronicamente, nas urnas, para favorecer gente como Bolsonaro. É o que explica, por exemplo, a eleição da assassina Kátia Sastre, PM, que recebeu mais de 260 mil votos: fraude total.
A culpa da direita ter ido bem nas eleições não tem a ver com o povo, nem mesmo com o caixa 2 do Whatsapp, mas com as urnas e a eleição de 2018 que é uma das mais fraudadas de todos os tempos.