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Estados Unidos

Cadê o empoderamento? Negros são 3% de chefes no setor financeiro

Colocar a luta do negro em questões por menores é ferramenta utilizada pela burguesia para evitar o verdadeiro enfretamento do setor mais oprimido da sociedade contra o capitalismo

De acordo com um grupo de acadêmicos da Universidade privada de Georgetown em Washington, D.C, a inserção de minorias nas principais agências reguladoras dos Estados Unidos ajudará o governo Biden a definir políticas mais igualitárias. Segundo um professor negro da instituição que está entre os candidatos do governo Biden para liderar a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês), “reguladores do setor financeiro precisam aumentar o número de profissionais negros no comando, o que reforçaria a consciência de como as politicas afetam as minorias.” Um estudo publicado por Brummer no ano passado mostrou que os negros responderam por apenas 3% dos principais líderes de agências reguladoras financeiras.

Nos últimos anos muito tem se falado do empoderamento negro, setores da esquerda pequeno-burguesa utilizam o termo para, como eles dizem, serem contra o racismo e a opressão. De acordo com os defensores desta politica o negro deveria lutar contra ofensas pessoais e contra a hegemonia cultural dos brancos em novelas, filmes, na música, etc.  A luta dessa classe, muitas vezes, adquire um caráter individual, na busca por cargos de emprego, melhores salários ou por posições políticas dentro da sociedade capitalista. Diante das rebeliões populares que tem acontecido em todo mundo por conta dos crimes da policia e dos governos direitistas contra a população negra, a demagogia do empoderamento tem apelado com muita força na imprensa burguesa.

Vários conglomerados capitalistas, saíram a campo com o discurso de quem tem que incentivar o aumento de funcionários negros – através de cotas – e estes devem galgar posições importantes em cargos melhores e com melhor remuneração, assim estariam empoderando o povo negro, “dando poder a população negra”. Ou seja o termo tem sido usado pela burguesia para distanciar cada vez mais os negros de discussões concretas e realmente efetivas, na tentativa de evitar um enfrentamento real contra os verdadeiros inimigos do povo negro, que são justamente os grandes capitalistas e capitalismo de uma forma geral.

Após o levante de características revolucionárias do movimento negro, que ocorreram nos Estados Unidos por conta do assassinato do jovem negro Jorge Floyd por um policial branco, a imprensa venal junto ao imperialismo tem colocado na pauta do dia o identitarismo e o empoderamento. O susto da burguesia com as manifestações que explodiram nos EUA foi tanto, que até uma mulher negra teve que ser escolhida para ser vice presidente do “democrata” Joe Biden, afim de acalmar os ânimos da população revoltada e dar um ar de diversidade sob o governo mais conservador e criminoso do mundo.

Atrás de toda essa cortina de fumaça orquestrada pela burguesia, de que a luta do povo negro seria uma luta individual, por uma busca de identidade pessoal, temos uma realidade cruel. A luta de classes se impõe e os negros são os mais afetados de maneira profunda dentro do regime capitalista. A população carcerária a maioria é negros, mortes causadas pela PM – que é o braço armado do regime burguês – são em maior parte os negros, a pandemia tem afetado de forma significativa a população negra, enfim, no capitalismo os mais atacados e atingidos diretamente por esse sistema perverso é o povo negro.

Observe que mesmo com toda a demagogia que burguesia coloca no empoderamento e no identitarismo, levando a reboque uma parcela da esquerda na luta do povo negro, não tem resolvido absolutamente em nada, até porque não iria resolver, muito pelo contrário. O que fica claro é que diante de toda essa papagaiada, abstração e demagogia o movimento negro deve se organizar e se mobilizar para um verdadeiro combate nas ruas contra o capitalismo. A população negra deve lutar contra a máquina estatal que a oprime, contra a existência da polícia, contra a imprensa burguesa e a burguesia. Só através dessa luta é que é possível a liberdade total da população negra.

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