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Farsa

Cadê a vacina?

Mesmo no lento ritmo atual da vacinação, dentro de oito dias já não haveria mais estoque para aplicar a primeira dose no País

Não há vacinas no Brasil. A campanha da vacinação não é nada mais do que uma peça de propaganda dos golpistas. Isso vem sendo denunciado há cerca de dois meses, pelo menos, por este Diário

Duas notícias divulgadas ontem vêm para corroborar, novamente, essas denúncias.

Hoje a cidade do Rio de Janeiro já começa a interromper a aplicação da primeira dose da vacina contra o coronavírus. Não há mais estoque. 

Em São Paulo a situação não é muito diferente: tendo sido abandonado o plano estadual de vacinação, a desorganização, somada à falta de vacinas, acaba de fazer com que o estado mais rico do País (vendido como o pioneiro da vacinação) adie a vacinação das próximas faixas etárias na fila.

“Não tem vacina. Se conseguirmos, iremos adiantar, como temos feito, mas tudo depende da quantidade de vacina disponível”, disse o secretário de Saúde Jean Gorinchteyn.

Salvador também está vendo se esgotar seu estoque neste final de semana, tal como alguns municípios do Rio, de São Paulo e do Espírito Santo.

No ritmo atual, dentro de oito dias já não haveria mais estoque para a primeira dose no País. Foram distribuídas apenas 12 milhões de vacinas, que conseguiriam imunizar 6 milhões de pessoas (somente 3% da população).

Embora haja algumas reportagens nos jornais noticiando esses fatos, em geral a cobertura da imprensa golpista tem destacado os “feitos” da vacinação, como se isso fosse uma campanha generalizada e se a população inteira, de Norte a Sul, estivesse sendo vacinada.

Trata-se de uma verdadeira ficção vendida pela direita golpista e sua propaganda. Logo no início, o governador tucano de São Paulo, João Doria, organizou uma verdadeira peça publicitária para se apresentar como o “salvador da Pátria”, o homem que trouxe a vacina para o Brasil, priorizando a ciência contra o obscurantismo bolsonarista.

Pois vemos que as vacinas foram importadas da China às pressas, impondo uma aprovação arbitrária pela Anvisa (uma vez que a eficácia não chega a 50%) apenas para que fosse montado o circo de Doria.

Agora, aos moldes do desastroso governo federal, São Paulo e Rio de Janeiro veem o circo desmontado e destruído. Os que se dizem defensores da ciência, da civilização e da democracia aplicam a mesma política do fascista Bolsonaro.

Política essa que vem de décadas, e que foi impulsionada e suas consequências devastadoras multiplicadas pelo golpe de Estado. O País não tem infraestrutura para viabilizar a vacinação em massa, mesmo que houvesse vacinas suficientes. O sucateamento da saúde pública provocado pelo neoliberalismo castrou o País dessa infraestrutura básica, como pode ser facilmente constatado pelos casos da região Norte do Brasil.

A privatização dos serviços e órgãos que teriam a responsabilidade pela vacinação é culpada direta do desastre. A direita sucateia para entregar a administração aos seus amos capitalistas, que agora são incapazes de atender ao Estado e à população.

Além disso, há inúmeras denúncias de desvios de vacinas por toda parte, a fim de atender à demanda dos capitalistas ou dos burocratas – e não à do povo. Empresas também já anunciaram a compra das vacinas, desviando, assim, legalmente, os estoques que deveriam ser do Estado e distribuídos gratuitamente ao povo, para as mãos privadas, a fim de gerar lucro aos parasitas que enriquecem à custa da morte de centenas de milhares de cidadãos.

É preciso um verdadeiro programa de vacinação a nível nacional, controlado pelas organizações populares e fiscalizado pela própria população. Não pode haver vacina em mãos privadas e a aprovação das vacinas precisa ser feita sem a burocracia que impede a chegada, por exemplo, da russa Sputnik V, mas deve ser uma avaliação neutra e não motivada por conveniência política – como a CoronaVac para a propaganda de Doria. Os hospitais precisam ser todos estatizados e é preciso um grande e urgente investimento público no SUS, anulando o teto de gastos. 

Isso, no entanto, não será feito de bom grado pela direita golpista. É necessária uma ampla mobilização popular contra a direita, Bolsonaro e Doria, que derrube o regime golpista e conquiste eleições gerais e uma Assembleia Constituinte controlada pelos movimentos sociais da cidade e do campo, pelos sindicatos e partidos ligados à classe operária, nas quais o ex-presidente Lula tenha direito de concorrer e se eleger, por um governo dos trabalhadores e sem os patrões.

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