Da redação – No último sábado (2), um grupo de comunistas, socialistas, sindicalistas, milícias de esquerda e ativistas se reuniram ao lado do Parque Stone Mountain, no estado da Geórgia, EUA, para se manifestar contra a extrema-direita racista. Os racistas, supremacistas brancos, tinham marcado uma manifestação para o mesmo dia no Parque. No entanto, a direita acabou nem aparecendo.
Um motivo para isso foi que a esquerda apareceu preparada para se defender. Aproveitando o fato de que a burguesia dos EUA nunca conseguiu tirar da população o direito de se armar, a esquerda foi armada para protestar. O objetivo era evitar ataques da extrema-direita como o ocorrido em Charlottesville, que deixou uma manifestante de esquerda morta, além de dois policiais e 34 feridos, em 2017.
Alerta para esse problema, depois da experiência de Charlottesville, a esquerda organizou um grupo armado cercando sua manifestação, para defender os manifestantes. Diante disso, a direita achou melhor nem aparecer para seu evento, que vinha sendo chamado a meses.
Os manifestantes queimaram um boneco de papel representando um membro da Ku Klux Klan, com uma suástica e uma bandeira dos Confederados. A polícia apareceu só no final do protesto, mas não se animou a interferir ou a prender ninguém, limitando-se a limpar os restos da queima do boneco. A frente antifascista responsável pelo protesto se chama FLOWER (“Frontline organizations working together to end racism” / Organizações da linha de frente trabalhando juntas para acabar com o racismo).
O fato de que a polícia não ousou reprimir o protesto e de que a extrema-direita achou melhor nem aparecer mostra a força desse tipo de iniciativa. Depois dos ataques dos racistas, no marco da ascensão de Donald Trump ao governo, a esquerda se organizou melhor para se defender e demonstrou sua força em atos como esse. Isso é fundamental para impedir que a extrema-direita tome espaço e acabe sufocando as organizações dos trabalhadores.