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Negros

Burguesia vacina quilombolas para fazer demagogia genocida

A política da direita de inclusão dos quilombolas na prioridade da vacinação é uma tremenda ação de marketing que procura esconder o massacre da população negra na pandemia

O governo de Jair Bolsonaro incluiu a população negra quilombola na lista de prioridade máxima de vacinação. Isso não quer dizer que o Ministério da Saúde se preocupe com os moradores dessas comunidades. Na verdade, esta é uma estratégia de marketing da direita golpista, que busca fazer demagogia barata com a população negra e os movimentos sociais.

Essa estratégia está sendo copiada dos norte-americanos, pois no Brasil ela cairia como uma luva já que mais de 56% da população brasileira é negra. A ideia é fingir que se importa com a luta contra o racismo e ganhar os votos e a simpatia da classe trabalhadora negra.

Até agora, as vacinas disponibilizadas para o uso só abarcam cerca de 4% da população prioritária, ou seja, 2,8 milhões de 68,8 milhões. A verdade é que não tem vacina para a população inteira e ao invés de correr para resolver o problema, ou ao menos denunciá-lo, a direita agora está fazendo ação de marketing em cima da vacinação. O que é estranho, pois a todo momento a vacina foi ignorada pelos golpistas da direita em prol do fim do isolamento social, para que os empresários pudessem voltar a lucrar.

Além disso, durante o auge da pandemia, o governo Bolsonaro aplicou sua política de ataque aos quilombos quando financiou o despejo de diversas comunidades pelo País. Exemplo disso foi o despejo violento de mais de 450 famílias em Minas Gerais, no quilombo de Campo Grande, para a rua durante o mês de agosto, quando a pandemia estava a todo vapor.

O golpista Dória segue o governo de Jair Bolsonaro

Um belo exemplo disso é o governador de São Paulo, o golpista João Dória, que está seguindo o mesmo plano e articulando mais uma ação de marketing da direita em cima da vacinação da população negra. Depois de ter retirado os quilombolas da lista de grupos sociais de prioridade máxima, teve que voltar atrás, pois foi denunciado e a demagogia com a população negra é importante para o marketing do seu governo.

Em SP há cerca de 50 comunidades quilombolas, a primeira comunidade a receber vacinas foi a do Cafundó, em Salto de Pirapora. Lá foram vacinadas apenas 18 pessoas de 120 moradores do quilombo. No dia seguinte, fez um espetáculo no Quilombo Ivaporunduva, em Eldorado, no Vale do Ribeira, na tentativa de oficializar a vacinação dos quilombos.

Dória seguiu a receita do governo fraudulento de Bolsonaro também quando expulsou moradores durante a pandemia, inclusive na semana do natal, no ano de 2020. Cerca de 120 famílias e mais de 20 crianças da comunidade no bairro Morro Doce, em Perus, às margens da rodovia Anhanguera, na zona norte da cidade, foram postas às ruas. Os moradores denunciaram a violência da Polícia Militar, obedecendo ordens do governador.

Não há vacina para todos. E não há vacina para toda a população negra que, em sua maioria pobre, será a última a ser vacinada. A direita está prestes a fazer de tudo para enrolar os negros. Prova de que Dória faz demagogia com a vacinação é que a política de seu governo busca na verdade destruir com a saúde pública no estado e com o SUS, onde 80% de seus usuários são declarados negros, segundo o IBGE.

Em 2017 distribuiu remédios próximos da data de validade, numa tentativa irresponsável e genocida contra a população, além de tentar fechar cerca de 100 unidades de saúde, entre Unidades Básicas de Saúde e Assistência Médica Ambulatorial (AMA). Em 2019 o tucano tentou fechar o laboratório da Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp), responsável por exames para detectar câncer no setor público. Em 2020, tentou privatizar a Fundação para o Remédio Popular (Furp) e novamente a Fosp, tendo que voltar atrás por conta da insatisfação de trabalhadores da saúde e da população trabalhadora usuária.

A política da direita de inclusão dos quilombolas na prioridade da vacinação é uma tremenda ação de marketing que procura esconder o massacre da população negra na pandemia. O que está ocorrendo durante a pandemia, que ainda está a todo vapor com média de 1000 mortes por dia, é um aprofundamento do genocídio da população negra e pobre, que é grande maioria das vítimas do coronavírus.

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