Da redação – Nessa terça-feira (18), a Folha de S. Paulo lança um podcast no programa “Eleição na Chapa”, veiculado pelo spotify, sobre a suposta “impossibilidade de fraudar as eleições”. A série de argumentos da imprensa burguesa objetiva, exatamente, encobrir a fraude aberta que são as eleições de 2018, cujo maior candidato foi impedido de concorrer.
Para isso, faz explicações difíceis e vazias sobre a suposta “impossibilidade técnica” de fraudar os dados das urnas eletrônicas, de fraudar sua criptografia e o algoritmo que associa os votos à contagem registrada para cada candidato. Esse argumento vazio, que acaba por se autocontrariar, desconsidera que as eleições são um evento político com muito mais fatores determinantes além da própria urna. O acesso à imprensa monopolizada pela burguesia golpista, a campanha da imprensa contrária ao ex-presidente Lula e ao PT, a perseguição judicial que levou à retirada de Lula do pleito e a série de ameaças de intervenção militar pelas Forças Armadas são todos fatores fundamentais para o entendimento que as eleições de 2018 não só já são fraudadas, como são um novo golpe sobre o povo brasileiro. As eleições desse ano estão sob jugo das Forças Armadas, que já tomaram o poder do Supremo Tribunal Federal e do Governo Federal, com figuras como o general Etchegoyen.
Falando sobre a acusação de Jair Bolsonaro para quem o Partido dos Trabalhadores, supostamente, estaria querendo fraudar a votação de 2018, o jornalista acabou se contradizendo e expressando no podcast a fragilidade técnica das urnas: se o ente político tiver poder o suficiente para agrupar todo o conjunto de técnicos responsáveis pela urna sob seus interesses, ele tem sim poder de fraudar as eleições. No caso do PT, já perseguido, é absurdo acreditar numa fraude a ele favorável. Contudo, pelo lado oposto, o mesmo governo que já persegue o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula, tem nas mãos o controle de toda a máquina estatal responsável pela formação das urnas: isso prova que as eleições podem ser fraudadas, também, pelo meio técnico.
Por isso, é claro o entendimento de que Eleição Sem Lula é Golpe, de que não podemos confiar nas eleições como uma forma efetiva de travar a luta Contra o Golpe, nem um meio de lutar Pela Liberdade de Lula. O meio de luta do povo é as ruas. Por isso, devemos nos mobilizar e tomar as ruas em nosso favor, contra o Golpe imperialista no Brasil.