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Temor às mobilizações

Burguesia tenta descaracterizar atos populares

A burguesia e seus representantes buscam distorcer o caráter combativo dos atos do dia 29 de maio, buscando canalizá-los para ao terreno das instituições inócuas

Um dos porta-vozes mais ativos do golpismo reacionário brasileiro, o jornal Folha de S.Paulo, diante da intensa movimentação que ocorre no País há mais de três semanas, preparatórias aos atos do dia 29, que aconteceram em mais de 200 cidades nacionais e também no exterior, publicou artigo em sua edição do dia 26 de maio, sob o título “Esquerda na rua busca desgastar Bolsonaro e turbinar CPI em meio a ceticismo sobre impeachment”, buscando com isso, obviamente, distorcer o conteúdo e descaracterizar os atos, organizados por diversas entidades, partidos de esquerda e movimentos representativos da luta popular de massas no País.

Em uma das passagens da matéria, a direitista Folha diz que “a avaliação é que o impeachment pode ganhar força a partir da ocupação das ruas. Por isso, o esforço é para pressionar o centrão, fiel a Bolsonaro e uma barreira para o processo na Câmara, e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a quem cabe desengavetar um dos 114 pedidos protocolados. (FSP, 26/5). 

Como se vê, trata-se, muito claramente, por parte da sempre desonesta e golpista Folha, de uma falsificação vil e grotesca dos reais e verdadeiros objetivos dos atos, que nos delírios e nos desejos da Folha, deveriam servir tão somente para aumentar a pressão e enquadrar, disciplinar o presidente genocida, cada vez mais, como se pode constatar, descontrolado em sua ofensiva fascistóide contra o País e o povo trabalhador. Além disso, os atos buscariam também “turbinar o impeachment”, engavetado na Câmara, controlada pelo “Centrão”, que tem sentado à cadeira o deputado bolsonarista Arthur Lira (PP-AL). 

Uma outra afirmação da Folha – igualmente grotesca e mentirosa – diz respeito a uma suposta pressão que as manifestações de rua do dia 29 de maio exerceriam sobre a desmoralizada e inócua CPI da covid, que já se revelou um espetáculo circense de muito baixo vôo em relação aos eu propósitos, se tornando um espaço para os depoentes representantes do governo Bolsonaro despejarem um caminhão de mentiras e falsidades na cara dos senadores, sem qualquer cerimônia ou reserva. Foi isso que já ficou demonstrado nas audiências transmitidas ao vivo para todo o País, com direito a baixarias das mais deploráveis, como se viu nos xingamentos e ofensas que o próprio filho do presidente genocida, o senador carioca Flávio Bolsonaro, dirigiu ao relator da CPI, Renan Calheiros, xingando-o de “vagabundo”, sem que nada tenha acontecido ao parlamentar miliciano, o homem das “rachadinhas” de gabinete. Uma completa desmoralização, endossada pela esquerda que tem assento na Comissão (como Humberto Costa, ala direita do PT). 

Não, senhores proprietários da FSP, as manifestações que começam a ganhar corpo em todas regiões e maiores cidades do imenso território nacional, a ocupação das ruas pelas massas populares, pelos trabalhadores, pelos estudantes, pelos sem teto e pelas mulheres e negros, não têm como propósito garantir sobrevida ou ressuscitar os cadáveres políticos e as instituições carcomidas do regime, mas dar um basta a tudo isso, a toda essa barbárie social em curso atualmente no País. 

A tentativa de canalizar os movimentos de luta e as mobilizações para o terreno das instituições, descaracterizando-as, nada mais são do que a manifestação explícita do temor da burguesia e do regime político em relação ao recrudescimento da luta de massas no País, suas consequências e seus desdobramentos, que pode colocar abaixo todo o enorme edifício sob o qual está assentado a dominação do grande capital nacional e imperialista contra as condições de vida da maioria da população.     

A conclusão a que se pode chegar é que a burguesia e seus representantes, seus porta-vozes nos meios de comunicação, ante à expressiva tendência de crescimento da luta popular de massas no País, que se apresenta com um conteúdo claro de enfrentamento não somente ao governo genocida, mas ao regime golpista em seu conjunto, manobra no sentido de ultrajar o caráter combativo e radicalizado das manifestações de rua, que voltam a se colocar como o elemento decisivo e central do cenário político nacional, depois de um longo período de paralisia e imobilismo, imposto às massas por setores da própria esquerda nacional, que renunciou, antes mesmo da pandemia, à organização independente dos trabalhadores para enfrentar, nas ruas, o governo eleito sob o signo da fraude e da manipulação, os mesmos que neste momento são os responsáveis, junto com outros (os governadores), pela maior tragédia social que o País já vivenciou, com o registro de mais de 460 mil vidas ceifadas pela pandemia, muitas dessas mortes evitáveis se houvesse uma ação mais decidida do poder público, em todas as esferas, garantindo à população pobre, necessitada, políticas públicas eficazes.   

Portanto, em completa oposição ao que diz a FSP, a ocupação das ruas nesse dia 29 de maio teve um conteúdo político claro de enfrentamento e luta contra o governo criminoso e entreguista; de oposição e repúdio às instituições apodrecidas do regime golpista, afirmando, de maneira inequívoca, o propósito de servir para fazer evoluir a consciência das massas populares, exigindo vacina para todos, o auxílio emergencial no valor de um salário mínimo, combinado com a palavra de ordem maior, o grito que está contido na garganta e na alma da população explorada do País: Fora Bolsonaro; fora todos os golpistas.

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