Witzel diz que vai prender quem furar isolamento no Rio. Assim estamos sob o toque de recolher.
O termo “toque de recolher” deriva da Guerra e, se aplica à proibição, decretada por um governo ou autoridade, de que pessoas permaneçam nas ruas após uma determinada hora.
É uma forma de repressão intensa. O nome deriva essencialmente da prática europeia de, durante guerras, após determinada hora (geralmente o início da noite), soar uma sirene para que a população deixasse as ruas em caso de bombardeio.
No caso das cidades do Rio de Janeiro já, já, veremos carros de patrulha percorrendo as ruas ordenando que os cidadãos voltem para suas casas, ceceando toda e qualquer necessidade e direito de ir e vir mesmo sob quaisquer precauções.
Em tese, Wilson Witzel tomou decisão para conter coronavírus. O Governador prorrogou medidas de isolamento social e mencionou Tribunal Penal Internacional para punir governantes que não se alinharem a essa política.
Em períodos de Ditadura a longa manus do Estado usava este expediente. Com Witzel não será diferente, após anunciar que as medidas de isolamento social serão mantidas por mais 15 dias no Rio de Janeiro nesta segunda-feira 30, o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), afirmou que quem quebrar as regras determinadas poderá ser preso.
O governador ao dispensar as fábricas do funcionamento e mesmo o comércio até determinada hora denuncia seu ato como mera verborragia e mal esconde a repressão que pretende instalar.
A verborragia assim se materializa: “Não desafiem o vírus, não desafiem a pandemia. Mas, se assim fizerem, determinarei que sanções sejam aplicadas. [Sanções] criminais, pela ação das polícias Militar e Civil. E outras sanções poderão vir posteriormente, inclusive de responsabilidade civil. Então, quem quiser desafiar, será responsabilizado”, afirmou Witzel em coletiva de imprensa.
O alvo de Witzel é quebrar qualquer tipo de resistência dos trabalhadores eis que publicou no Diário Oficial do estado desta segunda-feira um novo decreto com a prorrogação das medidas para “reduzir” a movimentação e aglomeração de pessoas no Estado (já dissemos que trabalhadores do comércio e industrias são dispensados dos cuidados contra o coronavírus).
Assim, as aulas continuam suspensas, o transporte permanece restrito e eventos com presença de público mantêm-se proibidos. Restaurantes podem funcionar apenas com 30% da capacidade, fazer entregas e atender a pedidos para serem levados na hora. Nenhuma dessas medidas livram os trabalhadores do contágio do coronavírus, mas, impedi os atos de protestos e organização dos trabalhadores.
Uma ditadura se instala em meio a uma teia de ardis que têm como único propósito o esmagamento dos setores de esquerda.