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Após Capitólio

Burguesia imperialista mantém temor de desestabilização nos EUA

A invasão do Congresso dos EUA foi uma espécie de ponto de inflexão para o imaperialismo, que se viu perdendo controle do regime e a necessidade aumentar a repressão para retomá-lo

Após os protestos que resultaram na invasão do Capitólio dos Estados Unidos da América (EUA) em protesto contra a fraude eleitoral que elegeu Joe Biden presidente, uma enorme ofensiva contra os direitos democráticos foi lançada no País. A censura massiva nas redes sociais e na internet foi imposta, bloqueando a rede social Parler e a suspendendo definitivamente a conta pessoal de Trump no Twitter. Mesmo assim, grupos armados planejam manifestações na capitais dos estados americanos para este fim de semana.

O anúncio gerou uma inquietação tremenda na burguesia norte-americana, que correu para reforçar a segurança de prédios dos governos estaduais para evitar que o protesto que ocupou o Congresso dos EUA se espalhe pelos 50 estados do País. Isto porque as informações, obtidas pelo FBI (espécie de Polícia Federal dos EUA) apontaram que 50 protestos, um em cada capital, estão sendo planejados.

Após ser revelado pela emissora de TV ABC News, o FBI declarou que:

“Nosso foco não está em manifestantes pacíficas, mas naqueles que ameaçam sua segurança e a segurança de outros cidadãos com violência e destruição de propriedade.”

Vale lembrar que os protestos no Capítólio foram considerados como “atentado à democracia” e mesmo como um tentativa de “golpe de Estado” por parte da imprensa imperialista norte-americana, pelos democratas, por parte dos republicanos e por todos os principais capitalistas, como o caso de Mark Zuckerberg, que desativou a conta de Trump.

Isto porque se tratava de um protesto pacífico, no entanto que foi duramente reprimido, resultando na prisão de mais de 90 pessoas e no assassinato de 4 delas pela Polícia, o que obviamente foi ocultado e omitido sistematicamente pela mesma imprensa.

O comunicado do FBI, neste sentido, é uma orientação à repressão dos protestos. O que fica claro no fato de autoridades de muitos estados dos EUA começarem a tomarem medidas para aumentar a “segurança”, com mecanismos de repressão ainda mais duros que os vistos na semana passada!

Reportagem publicada no Estadão, traduzida dos jornais Whassington Post e New York Times relatam que essas medidas foram tomadas em locais como: Kentucky, Wisconsin, Arizona, Michigan, Landing, California, Geórgia e principalmente em Washington, palco do protesto que abalou o País.

A reportagem publicou o depoimento de Alex Friedfeld, pesquisador investigativo do Centro de Extremismo da Liga Antidifamação, que disse o seguinte:

“…se os acontecimentos de quarta [invasão do Capitólio] nos ensinaram alguma coisa, é que não podemos ignorar os acontecimentos da direita [extrema direita] e simplesmente não podemos presumir que não será nada. Temos de levar essas coisas a sério.”

Ele ainda declarou que independente do tamanho dos protestos do próximo fim de semana, “ocorrerão cada vez mais violentas batalhas culturais e políticas no País.”

E independentemente de quantos e em quais Estados os protestos se materializem neste fim de semana, Friedfeld disse que as capitais estaduais continuarão a ser a linha de frente das cada vez mais violentas batalhas culturais e políticas do país.

Ou seja, a burguesia ficou ligou o sinal vermelho sobre o que ocorreu e constatou que é necessário lançar uma enorme ofensiva contra a extrema direita e os direitos democráticos da população, como o de livre expressão e manifestação, para evitar perder o controle dentro do próprio País.

Isso ocorre porque desde o ano passado, o maior imperialista do mundo, os (EUA), mergulhou numa crise profunda. Ela tomou forma nos protestos contra o assassinato de George Floyd pela Polícia. No enfrentamento de milícias armadas de extrema esquerda e extrema direita, com confrontos nas ruas. Nas eleições presidenciais extremamente polarizadas, que levaram a enorme fraude eleitoral para eleger Biden, criando um verdadeiro clima de início de guerra civil no País.

O protesto contra a fraude eleitoral nos EUA, que ocupou o Congresso, foi a última expressão da crise política. Somada as manifestações dos negros contra a repressão policial, bem como os enfrentamentos nas ruas entre a esquerda, a direita e a polícia, são resultados da crise econômica e social gigantesca. A situação revoltante diante da morte de George Floyd, por exemplo, foi o estopim para uma série de protestos que tomaram as ruas de cidades nos EUA, e se multiplicaram para outros países. Desde o assassinato de Floyd, em 25 de maio de 2020, protestos ocorreram todos os dias no País no ano passado e chegaram a todos os 50 estados e mais de 350 cidades, entre elas Nova York, Washington, Detroit, Miami e Los Angeles.

Com quase 400 mil mortos por coronavírus, de 7 a 14 milhões de pessoas em situação de despejo e um desemprego ainda maior, a situação está degringolando muito depressa nos Estados Unidos. Por isso, a burguesia imperialista está morrendo de medo de que o que houve no Congresso se transforme em um caos social generalizado, com rebeliões por todo o país, independente de serem motivadas por interesses da direita ou da esquerda. A invasão do Capitólio, prédio do Congresso dos EUA, foi o ponto de inflexão da situação. Diante da gravidade da crise, a burguesia norte-americana, que se viu perdendo o controle, passou a intensificar a repressão para poder retomar a estabilidade do regime.

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