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Campanha a favor do semiaberto

Burguesia golpista quer “Lula livre”?

Golpistas usam o proposta do MPF na tentativa de conter a tendência à mobilização popular

Pelo menos por três vezes nesses últimos 18 meses o ex-presidente Lula deixou o conjunto do regime político golpista em polvorosa. Agora com a sua recusa em aceitar o “direito” ao regime semiaberto. Os casos anteriores foram: quando não se entregou imediatamente à Polícia Federal, ficando aquartelado no sindicato dos Metalúrgicos do ABC e diante da inscrição da sua candidatura pelo PT à presidência em 2018. Nas situações anteriores, depois de muita pressão vinda da burguesia e de setores do seu próprio Partido, Lula cedeu e acabou tirando a crise do colo do próprio golpe.

Cada uma dessas crises teve a sua peculiaridade. Caso Lula tivesse se recusado a se entregar naquela 7 de abril de 2018 e se entrincheirasse no sindicato com milhares de trabalhadores e populares ao seu redor é muitíssimo provável que a sua resistência impulsionasse uma grande mobilização nacional a começar pelo berço do próprio lulismo, o coração operário do Brasil. Na situação seguinte, caso o próprio PT mantivesse a sua palavra de ordem central, “eleição sem Lula é fraude” e tivesse se recusado em substituir sua candidatura, deixando novamente a bomba no colo dos golpistas, para que esses tomassem a decisão de impedir sua candidatura e, no caso do impedimento, o PT se recusasse em participar do processo eleitoral e denunciasse todo o processo como uma grande fraude, o que foi realmente toda essa farsa de Bolsonaro e da extrema-direita, já há muito teria desmoronado como um castelo de areias.

Eis que Lula coloca novamente uma bomba no colo do golpe. Sua recusa em aceitar o semiaberto afirmando que “não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade”, assim como das vezes anteriores, acendeu o sinal amarelo para o conjunto do golpe. A peculiaridade do atual momento é o desmantelamento da própria coluna vertebral do golpe, a operação Lava-Jato. Além das denúncias do Intercept que expuseram a podridão de toda a operação, a divisão entre os diferentes setores golpistas, a crise econômica que varre o País, a decomposição do governo Bolsonaro e acima ou como resultado de tudo isso, a enorme tendência à mobilização popular presente na situação política, sem nunca ter deixado de ser, coloca Lula, mais ainda, no topo da luta política no Brasil.

Como nas situações anteriores, a grande imprensa golpista e seus porta-vozes, políticos da direita e da esquerda, juristas e até mesmo os golpistas da Lava-Jato já estão em campo para pressionar Lula para que aceite o semiaberto. “não pode decidir se aceitará ou não”, declarou Dallagnol sobre a recusa de Lula; “Lula não tem o direito de recusar a progressão, assim como o Ministério Público, como parte da ação, pode pedir a progressão da pena, de acordo com a Lei de Execuções Penais”, declarou a “voz de Deus”, o jornalista Merval Pereira, d’O Globo; “Caso Lula: o semiaberto não é uma opção do preso”, afirmou em coluna outra “global”, Míriam Leitão; “Os especialistas destacam que a situação é inusual, mas que, se houver uma ordem da juíza e Lula não quiser ir ao semiaberto, na prática ele correrá o risco de ser considerado um preso com mau comportamento ou responder por descumprir decisão judicial”, declarou matéria da “indefectível” Folha; “Preso deve acatar as condições para a progressão de pena”, o Estadão citando jurista; “porque Lula ‘semi-livre’ é mais  perto de ‘Lula livre’” , declarou em entrevista Tarso Genro um defensor do plano B para o PT em oposição à candidatura de Lula em 2018.

A manobra dos golpistas, corroborada por “esquerdistas”, é clara. Evitar o crescimento da polarização política. É uma tentativa de esvaziar a campanha pela Liberdade de Lula. Uma campanha com Lula meio solto seria mais fácil de combater. A política do golpe é transformar Lula numa espécie de “guru” estigmatizado com a pecha de criminoso. Com tornozeleira, sem direitos políticos e ainda, com o pagamento de uma multa de 4,9 milhões para ter direito ao semiaberto, como decretou a juiza Carolina Lebbos, substituta de Sérgio Moro, enfim, um Lula que admite os seus crimes.

As artimanhas da direita, do golpe, e de todo o seu séquito de seguidores “esquerdistas” devem ser denunciadas nas ruas. Que os golpistas tremam diante das mobilizações que se avizinham. A liberdade de Lula e a anulação de todos os processos movidos contra ele devem ser tratadas como inegociáveis. A esquerda, particularmente o PT e a CUT, tem de dar ouvidos ao clamor das ruas e chamar à mobilização por Lula. O ato do dia 14 de setembro em Curitiba, as resoluções da Plenária Lula Livre no dia 21 do mesmo mês, o Congresso nacional da CUT – Lula Livre – que ocorrerá a partir de 7 de outubro e o ato nacional em Curitiba no dia do aniversário de Lula, 27 de outubro, foram e são as alavancas para impulsionar a luta pela liberdade de Lula e pelo seu natural complemento, o Fora Bolsonaro, o mais é tudo manobra dos golpistas que deve ser repudiada e denunciada.

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