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A bandeira do povo é vermelha

Burguesia faz campanha para bolsonarizar os atos vermelhos

As manifestações são da esquerda e devem continuar sendo. Não há espaço para coxinhas, para os defensores do golpe de estado e os responsáveis pelo genocídio da população

As manifestações ocorridas no último dia 19 foram responsáveis por confirmar a evolução do movimento de luta contra o regime golpista. As manifestações dobraram de tamanho em todo o País e também se expandiram para mais cidades, seja no Brasil ou no exterior. No total, de acordo com a Rede Brasil Atual, ligada ao Partido dos Trabalhadores, pelo menos 475 cidades tiveram manifestações neste sábado, confirmando a tendência de crescimento da mobilização.

Em meio à crescente radicalização da população brasileira, a burguesia teme que o movimento de fato se desenvolva ao ponto de derrubar o regime golpista. As manifestações já começaram a sair do controle do regime político que vem se desgastando cada vez mais, na medida em que os trabalhadores saem às ruas para protestar. Sendo assim, a imprensa burguesa decidiu de vez lançar-se na campanha de confundir a mobilização e infiltra-se nela, visando derrotar todo o movimento dos trabalhadores.

“As manifestações são de esquerda e devem permanecer assim”

Com isto, assim como em 2013, a imprensa burguesa iniciou uma forte campanha em torno da utilização das cores da bandeira nacional, o verde e amarelo, nas manifestações e na campanha de que as manifestações não podem ser unicamente da esquerda, mas sim de um setor mais “amplo” da sociedade.

A campanha ficou descarada já quando a Rede Globo decidiu focar sua cobertura das manifestações justamente nos setores mais confusos e infiltrados nos atos. Assim, as bandeiras verdes e amarelas, quase inexistentes nas manifestações dominadas pelo vermelho, apareceram em grande destaque nas coberturas. Agora, com o passar das mobilizações, a imprensa por meio de seus principais órgãos decidiu aumentar o tom.

O colunista Ricardo Rangel, escritor da revista Veja, grande apoiadora do golpe de estado de 2016 e das manobras que iniciaram-se em 2013, lançou uma matéria intitulada “Deixe a bandeira vermelha em casa”. Segundo o escritor, os “manifestantes de todas as cores precisam eliminar a pecha ‘de esquerda’ no movimento”.

A declaração é cínica, e revela uma campanha da qual o movimento passará a enfrentar em maior escala. Em sua conta oficial no Twitter, Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO) se pronunciou:

“Para os que nunca entenderam o que aconteceu em junho de 2013 basta ver a campanha golpista de sempre (Globo etc.) para que a esquerda abaixe suas bandeiras e entregue a mobilização para os que colocaram Bolsonaro no poder e agora não sabem o que fazer”.

Como afirma Rui, “as manifestações não tem ‘pecha’ de esquerda. São de esquerda e devem permanecer assim. A palavra de ordem para a direita golpista: coxinha, fique em casa”. Ou seja, a campanha feita pela revista Veja é um completo absurdo, quem mobiliza a população contra o governo Bolsonaro é unicamente os movimentos populares e os partidos da esquerda. A burguesia, mesmo seus setores “civilizados”, são a base de apoio do regime golpista, e são os principais apoiadores do governo Bolsonaro.

A chamada “terceira via” de candidatos supostamente “progressistas”, como Ciro Gomes, representam na realidade apenas uma barreira à mobilização. Nem Ciro nem FHC, nenhum “verde e amarelo”, mobiliza alguém para sair às ruas e pôr abaixo o regime golpista, mas sim, servem como fator de confusão e agentes contra a mobilização popular.

A bandeira dos trabalhadores sempre será vermelha

Outra matéria de destaque, esta extremamente rasteira, foi a coluna de Eliane Cantanhêde, para O Estado de São Paulo. Nela, a colunista afirma logo em seu título de que a “bandeira nacional não é exclusiva dos atos golpistas, nem a do PT é a única nos atos de oposição”.

A jornalista de um dos principais jornais burgueses do Brasil, busca colocar que as “manifestações contra o governo também mostram faixas, cartazes e manifestantes em cores neutras ou ostentando o verde e amarelo, que é de todos, não de bolsonaristas nem de petistas”. Utilizando a cobertura farsesca da imprensa burguesa, Catanhêde defende com o “verde e amarelo” esteve presente em grande número nas manifestações e que haveria uma divisão nos atos, entre os setores “de vermelho do ex-presidente Lula” e de manifestantes que não são “bolsonaristas nem petistas”.

Como se se preocupasse com o crescimento do movimento, a colunista coloca que “se as manifestações forem ‘do PT’, milhares que são contra Bolsonaro, mas não votam em Lula, ficarão em casa”. A declaração não poderia ser mais falsa. Segundo as pesquisas manipuladas da imprensa burguesa, Lula é disparado o candidato com maior popularidade, ultrapassando os 50% de aprovação.

Na classe trabalhadora, sua candidatura é praticamente unânime, revelando inclusive seu grande caráter mobilizador. A campanha que a imprensa burguesa faz é tentar transformar os atos populares, ou seja, vermelhos e da esquerda, em manifestações coxinhas, como feito em 2013, e as manifestações bolsonaristas feitas no último período.

Realizar uma intensa mobilização vermelha

Os trabalhadores precisam sair às ruas com a sua própria bandeira e reivindicações. Esta bandeira é a bandeira vermelha, a bandeira da mobilização da classe operária. O verde e amarelo representa a demagogia rasteira e fascista da direita brasileira, que camufla-se atras da bandeira nacional para defender o genocídio contra a população.

As manifestações são da esquerda e devem continuar sendo. Não há espaço para coxinhas, para os defensores do golpe de estado e os responsáveis pelo genocídio da população trabalhadora. Por isso, é fundamental realizar uma forte campanha de mobilização junto a classe operária, nos bairros populares, organizar em peso as próximas manifestações, com muito vermelho, com Lula nas ruas, impulsionando à esquerda o movimento e impedindo que burguesia tente “bolsonarizar” os atos vermelhos.

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