Na tarde desta segunda-feira (03), agentes da Prefeitura de São Paulo, sob comando do prefeito Bruno Covas (PSDB), abordaram moradores de rua e apreenderam seus pertences pessoais na rua Cruzeiro do Sul, bairro de Santana, zona norte da capital paulista. Os agentes municipais estavam escoltados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), armada com espingardas calibre 12
Os cobertores dos moradores de rua e seus pertences pessoas foram retirados à força por agentes que cumpriam as diretrizes políticas de Bruno Covas. O pretexto é que trata-se da necessidade de “limpar o lixo” das ruas da cidade de São Paulo. Pelo adjetivo de lixo, o prefeito fascista entende os moradores de rua, pessoas que estão submetidas às piores condições de vida possíveis, sem quaisquer perspectivas de vida.
Essa política levada adiante por Covas é uma política de tipo nazista. O objetivo é tentar exterminar, apagar os moradores de rua das vias públicas da cidade. É uma forma de tentar esconder as enormes contradições do capitalismo, que lança milhões de pessoas nas ruas e na miséria todos os anos. Os moradores, para Bruno Covas, são um lixo que deve ser limpado, se necessário com campos de extermínio.
Falta o prefeito tucano avançar com uma política de construção de campos de extermínio e dar início a experimentos vivos com os moradores, já tratados como cidadãos de quinta categoria, sem qualquer tipo de direitos, inclusive aqueles previstos na Constituição de 1988, já sepultada pelo Golpe de estado e pela ascensão do fascismo bolsonarista.
Apreensão dos pertences pessoais e dos cobertores dos moradores de rua visa infligir o máximo de humilhação, fazê-los passar frio e perecer aos poucos. É uma política de humilhação, mortificação, de assassinato social, de destruir a única coisa que lhes restou e a qual têm de recorrer para conseguir um pouco de abrigo.
O que fica claro é que não há qualquer humanismo por parte dos representantes políticos da burguesia, no caso o prefeito tucano de São Paulo. Se precisar destruir pela força, exterminar e assassinar os moradores, seguramente Bruno Covas o fará, e é possível que o faça com muito prazer.
Os moradores de rua são um incômodo permanente para a burguesia, pois são vítimas do sistema e são vistos como um perigo. Em geral, os empresários reclamam de que eles desvalorizam os imóveis, ameaçam as famílias burguesas e de classe média e atrapalham os negócios. Grupos de extermínio muito conhecidos se organizaram por dentro do aparelho repressivo do Estado com o objetivo de “limpar o lixo” das ruas.
A política da burguesia dita “democrática” em nada se difere da burguesia assumidamente fascista. Bruno Covas, um representante político que se diz democrático, aplica a mesma política dos nazistas em relação a população pobre.