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358 mortos e desaparecidos: massacre realizado pela Vale privatizada

A devastação da cidade de Brumadinho (MG) pelo rompimento da barragem da mineradora da empresa Vale S.A. revelou de maneira perfeita o caráter violento, perigoso e anti-social do capitalismo. Ao contrário do que pintam os ideólogos da burguesia, o capitalismo é um sistema totalmente parasitário, que procura manter os interesses de um punhado de capitalistas, que lucram às custas da população.

O que ocorreu em Minas Gerais, é um verdadeiro massacre dos capitalistas contra os trabalhadores. A empresa havia sido avisada do possível rompimento da barragem em dezembro de 2018. E mesmo assim para não ter o prejuízo econômico de ter que consertar a barragem, decidiu deixar de lado o problema. A ação dos capitalistas resultou na morte e desaparecimento de mais de 500 pessoas no Estado mineiro.

Não é a primeira vez que isso aconteceu. Vale lembrar o caso de Mariana, em que a mesma empresa destruiu a moradia de milhares de famílias, da mesma forma do ocorrido com o atual desastre. Em Brumadinho, trabalhadores acabaram sendo soterrados de lama dentro do refeitório da empresa. Um crime gigantesco contra a população.

E falando em crime, vale ressaltar que a própria privatização da empresa já foi um crime contra a soberania nacional. Como se sabe bem, a área explorada pela Vale tem uma quantidade de minérios de ferro estrondosa. A empresa foi criada por Getúlio Vargas em 1942 como forma de desenvolver exponencialmente a economia nacional, dando ao país o direito de explorar seus próprios minerais.

A privatização da empresa em 1997 por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi já, na época, um grande ataque contra os trabalhadores. O presidente tucano entregou um empresa estatal de valor imensurável em troca de alguns trocados dos grandes capitalistas internacionais, que assumindo a direção da empresa cortaram os custos de maneira perigosa para a vida social dos trabalhadores – como fica explícito agora, 20 anos depois.

É um retrato dos diversos ataques causados pela gestão capitalista dos meios de produção. Um exemplo com que isso poderia ser comparado é o Desastre de Bhopal (1984), na Índia, em que um vazamento de gás ocorreu na fábrica de pesticidas Union Carbide India Limited (UCIL) atingindo mais de 50 mil pessoas, pelo descaso dos capitalistas.

Para a burguesia, a vida social não importa. O que importa são os cálculos feitos para ver se determinada medida vais dar lucro ou não. Desta forma, com a crise econômica não são poucos os ataques que as empresas fazem contra o povo. A falsificação de alimentos, da gasolina, dos remédios e assim por diante são imensos. Barateia-se a produção, enquanto os preços aumentam de maneira insustentável para os trabalhadores.

Obviamente, não se pode colocar esperanças no governo Bolsonaro. Muito pelo contrário, o governo é apoiado pelos lobistas de mineradoras, o ministro do meio ambiente apoia os capitalistas, e o atual ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já declarou que o Estado não iria intervir na empresa pois isso não seria do agrado do “mercado” (isto é, os grandes capitalistas). A Vale S.A., ao mesmo tempo, diz que não têm culpa no que ocorreu.

Por isso, é preciso expropriar os donos da empresa, antes que eles coloquem em risco a vida de mais centenas de trabalhadores. É preciso reestatizar e colocar a empresa sob o controle dos próprios trabalhadores que nela trabalham.

Isso, entretanto, só será atingido com uma intensa mobilização popular contra a política de privatização dos golpistas, pois da mesma forma que colocaram a Vale na mão de capitalistas parasitas, querem entregar a Eletrobras, a Petrobras e as principais empresas da economia brasileira para eles, como afirmou Bolsonaro. Com isso, o governo do fascista ameaça ser ainda mais violento contra a população brasileira.

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