De acordo com levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 1,3 milhão de pessoas que vivem próximas do rio Paraopeba, em Brumadinho no estado de Minas Gerais, podem estar contaminadas com metais pesados, como o manganês. A contaminação é consequência direta do rompimento da barragem de Brumadinho, em janeiro deste ano levando a morte de 250 pessoas.
A contaminação pode trazer consequências graves para estas pessoas, como problemas neurológicos, fraquezas musculares, ou até mesmo câncer.
O rompimento da barragem e a possível contaminação de milhares de pessoas são os impactos criminosos provocados pelos capitalistas donos da Vale. Entregue a preço de banana durante o governo FHC, na década de 1990, para banqueiros e acionistas internacionais, a Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, foi literalmente destruída pelos empresários, tudo em nome do lucro bilionário da empresa.
O sucateamento da mineradora, a falta de qualquer manutenção das estruturas, levou as tragédias de Mariana e Brumadinho. Ao todo, 269 pessoas perderam a vida, sem contar as outras milhares de pessoas que ficaram desabrigadas por conta da irresponsabilidade de um punhado de capitalistas.
Agora, mais de um milhão de pessoas poderão ter suas vidas prejudicadas em consequência do rompimento. Tal fato é mais uma demonstração de que a política de privatização, levada adiante pelo atual governo golpista de Bolsonaro, além de ser uma política de entrega do patrimônio nacional para as mãos do capital privado e estrangeiro, é também uma verdadeira violência contra a população que acaba pagando o preço pela sanha pelo lucro de uma minoria de empresários.
É preciso mobilizar a população contra as privatizações e contra o governo golpista de Bolsonaro. Defender a estatização das empresas nacionais como a Vale e colocá-las sob controle dos próprios trabalhadores.