Um caso de briga de trânsito ocorrida em Goiânia no último final de semana simboliza um pouco a política reacionária da esquerda pequeno burguesa em relação do armamento da população. Um dos principais argumentos pelo desarmamento do povo é a famosa “briga de trânsito”.
Segundo eles, o povo brasileiro seria constituído por bárbaros sem nenhum tipo de civilização, que ao ter a posse de armas saíram atirando por aí, matando todo mundo, resolvendo todos os problemas na bala. E por isso, defendem o monopólio das armas para a polícia, os seguranças privados e os jagunços assassinos.
A briga ocorrida no estado de Goiás é muito explicadora. Os envolvidos, um cabo e um soldados da Polícia Militar de Goiás a paisana, não tiveram dúvida em sacar suas armas e atirar um contra o outro, o que culminou com o ferimento a bala de um deles. Só então, os “bravos heróis” descobriram que pertenciam à mesma corporação.
Deixando de lado a comicidade da cena, o fato é demonstrativo de como a população é refém de policiais malucos, de extrema-direita, que são uma ameaça permanente. Se por uma simples briga de trânsito, o sujeito já é capaz de ferir um outro, imagina essa ação nas periferias das cidades, com os trabalhadores absolutamente indefesos e desarmados?
O armamento é um direito elementar de toda a população. Deveria ser uma bandeira de luta de toda a esquerda o cumprimento desse direito. Mas ocorre justamente o contrário. Os partidos e organizações de esquerda quase que unanimemente defendem o desarmamento da população em nome de um pretenso combate à violência e pela paz. E com isso defendem o armamento somente para os que de fato estão envolvidos nas brigas de trânsito.
A polícia é um corpo permanente de repressão e ameaça contra a população pobre. O povo armado é um direito elementar de defesa contra o braço assassino do Estado.