Da redação – Há poucos dias da eleição (dia 12) no Reino Unido, a saída deste da União Europeia (UE) tem pautado a disputa, que tem nesse momento o Partido Conservador com 10 pontos percentuais à frente do Partido Trabalhista.
O Brexit, que é saída dos países britânicos Escócia, Irlanda do Norte, País de Gales e Inglaterra da UE, passou por referendo no dia 23 de junho de 2016, tendo como resultado 51,9% a favor da saída e 48,1% contra. Nesse resultado, se inclui entre os que são a favor regiões industriais.
Ou seja, o reduto eleitoral do candidato Jeremy Corbyn, da ala esquerda do Partido Trabalhista, e a maior parte da população inglesa está na expectativa há mais de três anos que o Brexit se concretize.
Todavia, por meio de Theresa May, do Partido Conservador, anterior primeira-ministra, que renunciou, o desfecho tem se postergado.
Os países da União Europeia utilizam o euro, como moeda, enquanto que o Reino Unido usa a libra esterlina. A atual composição da UE tem favorecido aos bancos, principal setor do imperialismo.
Por essa razão, o Partido Conservador tem se colocado todos esses anos apenas demagogicamente a favor do Brexit. Entretanto, neste ano foi criado o Partido Brexit, sob a figura de Nigel Farrage, que ganhou força através da defesa dessa pauta.
O Partido Brexit acabou pressionando que o Partido Conservador se apresentasse mais energicamente pela retirada do Reino Unido da UE e que escalasse sua ala mais direitista, representada por Boris Johnson. Isto é, a corrida eleitoral, com o tema Brexit, elevou a polarização no Reino Unido.
Apesar da capitulação do Partido Trabalhista diante dos bancos, se destaca o programa mais radical de Corbyn em relação aos líderes trabalhistas recentes.
As propostas do candidato trabalhista são controle estatal para o correio, ferrovias e serviços de água e energia. Elevar impostos dos que tem maior renda para que até 2024 investir 83 bilhões de libras nos gastos governamentais. E a construção de 150 mil moradias populares, com investimento de 75 bilhões de libras.
O que significa que o dilema que o Partido Trabalhista vem enfrentando, caso chegue ao poder, por pressão de sua base pode efetivamente realizar um acordo para a saída da União Europeia.