Pela segunda vez, o parlamento inglês rejeita a proposta de saída da união europeia da Theresa May. A crise do governo inglês está abrindo espaço para o Labour Party (Partido do Trabalho) clame por novas eleições. Jeremy Corbyn, líder do partido e da oposição no parlamento seria o mais cotado para assumir o cargo de Primeiro Ministro.
A saída da União Europeia da Grande Bretanha implica abandonar uma série de leis e regulamentos, cuja permanência teria que ser votada separadamente. Esse processo extremamente difícil fraciona com muita facilidade os interesses heterogêneos dos parlamentares ingleses, enfraquecendo May, cuja popularidade já é baixa, e abrindo espaço para a oposição.
A ala esquerda dentro do LP, representada por Corbyn cresceu muito nos últimos anos e tem uma forte ligação com os sindicatos. Para a direita inglesa isso é uma verdadeira ameaça. Embora tenham tentado fracionar o partido pressionando membros da ala direita a saírem do partido, e empreitado um forte campanha contra o líder, nenhum sucesso foi obtido até agora. A principal campanha que se empenha contra Jeremy é de calúnias, acusando-o de ser antissemita. Essa campanha foi feita em conjunto com o governo de Israel, que sem o apoio da Inglaterra, apoio que seria provavelmente negado se Corbyn assumisse o cargo de Primeiro Ministro, deixaria o país enfraquecido no Oriente Médio.
A saída de May para a entrada de Corbyn, seria uma perda incalculável para o imperialismo inglês. O imperialismo europeu como um todo encontra-se em crise. Macron está em maus lençóis na França, Merkel está numa disputa interna dentro de seu próprio partido e a extrema direita ascende na Itália e na Espanha. A esquerda europeia tem que apresentar rapidamente uma alternativa e tomar a dianteira da política no velho continente.