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Renan Rosa Arruda

Ontem

Brasília teve ato e carreata pelo Fora Bolsonaro

Manifestações na Esplanada dos Ministérios na capital federal são uma demonstração do avanço da revolta popular contra Bolsonaro

O sábado amanheceu vermelho na Esplanada dos Ministérios em Brasília. Ato e carreata marcaram o dia de luta na capital federal pelo Fora Bolsonaro, aprovado na plenária nacional dos comitês Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo ocorrida no final de maio.

O ato, com cerca de 100 companheiros, foi convocado pelo Partido da Causa Operária, o comitê popular Fora Bolsonaro, o Comitê de Luta Contra o Golpe e o Fascismo do DF e pelo Movimento Pacífico Antifascista e ocorreu em frente à Biblioteca Nacional no início da Esplanada dos Ministérios

Já a carreata, chamada pela Frente Brasil Popular, PT, PCdoB, entre outros movimentos, contou com centenas de carros, dois carros de som, em um deles estava a presidenta nacional do PT, companheira Gleisi Hoffmann e o ex-ministro de Lula, companheiro Gilberto Carvalho.

Concentrando na Funarte, na parte de cima do eixo monumental, a carreata desceu no sentido do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, passando em frente à Biblioteca Nacional, local do ato presencial.

O auge da mobilização foi o encontro dos dois movimentos. Palavras de ordem pelo Fora Bolsonaro de um lado e de outro, confraternização entre os militantes, um agitar de bandeiras, em meio ao grito de que “a esquerda unida derruba Bolsonaro”.

Mas, como todo movimento que quer avançar, é necessário fazer um balanço crítico desse sábado. Primeiro, foram dois atos e por que não um só? Entendemos que uma parte da militância que participou da carreata é grupo de risco ou, por decisão individual evita participar dos atos presenciais, mas isso não deveria ser impedimento para que as diferentes organizações e partidos chegassem a um acordo de unidade, que acabou se dando na prática. 

O PCO, desde a resolução aprovada na plenária da Frente Brasil Popular, já vinha chamando a realização do ato para o dia 13. Inicialmente, procuramos as organizações que fazem parte do Comitê Popular Fora Bolsonaro – PCO, UP, coletivos do PT, militantes avulsos do PSOL e de outros partidos – e propusemos um ato para a tarde do sábado, dia 13.

Nesse meio de tempo, os companheiros do movimento antifascista tomaram a iniciativa de chamar o ato para a Biblioteca Nacional. Prontamente, em nome da unidade e do fortalecimento da luta contra o golpe e pelo Fora Bolsonaro, o PCO incorporou-se à decisão. Com a campanha já sendo divulgada nas redes sociais e na convocação pessoal, fomos surpreendidos pela realização da carreata deliberada pelo PT.

Entendemos que o PT, enquanto partido, não participou da decisão sobre o ato presencial, mas também entendemos que o momento é de unificar o conjunto da militância como preparação para as lutas que estão só no seu início.

O ato de hoje, em particular, está em consonância como um “esquenta” da mobilização que as torcidas organizadas estão chamando para o próximo dia 21, o próximo domingo, em que os bolsonaristas prometem um ato na capital federal.

Quero esclarecer, nesta minha coluna, que o Partido da Causa Operária não se coloca como protagonista das mobilizações pelo Fora Bolsonaro. Acima de tudo, o que queremos é a mobilização popular. Queremos que aqueles que lutaram contra o golpe de 2016, contra a perseguição e prisão de Lula e a sua cassação das eleições se somem, nas ruas, pelo Fora Bolsonaro. Sem acreditar nas instituições do País que validaram todo o regime político saído do golpe, mas apenas na força da mobilização de milhões de pessoas que vão, com certeza, sair às ruas no próximo período.

Finalmente, quero sublinhar que a única luta que não transigimos é a absoluta independência de classe, particularmente com relação à tentativa de setores da “direita da esquerda” que querem a todo custo atrelar as lutas que se avizinham  a um acordo com a burguesia golpista, em nome de uma “Frente Ampla” que tem como único objetivo canalizar a revolta popular para as eleições. Essa é a política do “fica Bolsonaro”.

A experiência histórica da classe operária já demonstrou, inúmeras vezes, que o fascismo só pode ser derrotado nas ruas. 

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