A data nacional da Venezuela (05 de junho) será comemorada em Brasília com a realização de um grande ato político-cultural, marcando a luta do povo venezuelano em defesa da sua soberania, da sua auto-determinação e de forma ainda mais contundente contra as ameaças de agressão militar por parte do imperialismo norte-americano, que não cessa as provocações e ameaças contra o país latino-americano.
O ato está sendo convocado e organizado pelo Comitê Abreu e Lima, de Defesa e Solidariedade à Venezuela, que vem se reunindo semanalmente para discutir e encaminhar ações de apoio ao governo constitucional do presidente Nicolás Maduro; apoio e defesa da revolução bolivariana e do povo venezuelano em seu conjunto. A Venezuela vem enfrentando uma insidiosa campanha de desestabilização política, social e econômica, onde o imperialismo norte-americano em primeiro lugar, mas também o europeu buscam sufocar a economia do país, com a imposição de duras medidas de embargo econômico, impedindo a chegada de produtos essenciais básicos à população, como alimentos e medicamentos.
Além dos Estados Unidos, aliados europeus do imperialismo ianque insistem em não reconhecer o governo legitimamente eleito do presidente Nicolás Maduro, sufragado nas urnas em 2018, com uma votação superior a 67%, onde observadores internacionais presentes no país por ocasião do pleito atestaram a lisura e a legitimidade da eleição que sufragou Maduro para mais um mandato constitucional. Inconformados com o legítimo resultado das urnas, Washington e a Casa Branca intensificaram a campanha internacional de ataques e calúnias contra o governo eleito, incitando a violência no país, através de uma conspiração golpista. Para tanto, Trump e o imperialismo colocaram em movimento os representantes da extrema-direita venezuelana, derrotada e repudiada nas urnas pela maioria da população, passando a apoiar o nome do golpista e fantoche dos EUA, Juan Guaidó, encabeçador de dois golpes fracassados contra o governo eleito e a vontade soberana do povo venezuelano.
Recentemente, o impostor que ocupa clandestinamente a cadeira presidencial no Brasil, Jair Bolsonaro, recebeu em cerimônia oficial no Palácio do Planalto a embaixadora fantoche, igualmente clandestina, Maria Teresa Belandria, indicada pelo golpista Guaidó para “representar” o povo venezuelano no Brasil. Teresa Belandria entregou as credenciais fajutas ao também fajuto presidente fake Bolsonaro, “eleito” sob o maior e mais escandaloso processo de fraude já ocorrido na história do país.
Há rumores, em Brasília, que a representante impostora do não menos impostor e golpista Juan Guaidó estará tentando realizar, no mesmo dia 05 de julho, um ato em frente à representação diplomática do país, numa clara e aberta provocação direitista contra os legítimos representantes venezuelanos na capital brasileira. O único ato que irá acontecer, no entanto – queremos deixar isso claro – será o ato convocado pela esquerda do Distrito Federal; pelos partidos políticos que se colocam ao lado do povo venezuelano e reconhecem a legitimidade do governo de Nicolás Maduro; pelas organizações de luta dos trabalhadores da capital; pela Central Única dos Trabalhadores; pelos movimentos de luta pela terra no DF; pelos representantes do movimento estudantil, popular, dos negros, das mulheres; enfim, das forças democráticas e progressistas que estão ao lado da legitimidade, da luta e do reconhecimento do governo constitucional da Venezuela.
Desta forma, estamos dirigindo um amplo chamado a todos os que se solidarizam e lutam em defesa não só da Venezuela, mas de todos os povos e nações latino-americanas, que neste momento estão sendo ameaçadas pelo imperialismo em suas conquistas e direitos democráticos, a cerrarem fileiras para a realização de um grande e vitorioso ato de apoio e solidariedade à Venezuela. A luta em defesa dos irmãos venezuelanos deve ser abraçada por todos os povos do continente, por todos os trabalhadores, suas representações políticas, sindicais e populares. A luta pela derrota do imperialismo em nosso continente somente poderá ser alcançada se houver a mais ampla unidade em torno a necessidade da expulsão dos exploradores do Norte; da conquista da verdadeira independência; da luta em defesa da soberania nacional e da auto-determinação dos povos latinos.
Portanto, a tarefa do momento é concentrar esforços para o ato do dia 05 de julho, sexta-feira a partir das 9h, na embaixada venezuelana. Vamos impedir que a extrema-direita trumpista se imponha diante da esquerda, dos trabalhadores e das massas populares do DF.