De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no último sábado (16), o Brasil teve 14.919 novos infectados pelo coronavírus, chegando a 233.142 no total, ultrapassando a quantidade de infectados na Itália (224.760) e a Espanha (230.698), países na Europa que passaram por situações de verdadeira calamidade há alguns dias.
Dados mais recentes – domingo (17) – informam o total de 241.080 casos, sendo 16.118 mortes oficialmente registradas.
Agora o Brasil é o quarto país em número de infectados em todo o mundo, ficando atrás somente dos EUA, com 1.516.343, Rússia, com 281.752 e Reino Unido, com 243.695.
Os números mostram o resultado da política desastrosa e criminosa do governo Bolsonaro de não combater de fato a pandemia, estimulando o fim das parcas medidas de isolamento social tomadas pelos governos estaduais.
A política do governo Bolsonaro é, simplesmente, deixar a população se infectar, morrer aos milhares para salvar a economia capitalista. No entanto, é importante destacar o grande esforço que é feito para salvar bancos e o mercado financeiro, com o pacote de mais de 1,2 trilhão de reais, além dos cerca de R$1,7 trilhão em medidas diversas de desoneração fiscal, créditos especiais para grandes empresas. Contudo, esse “esforço” não chega à população trabalhadora e, nem mesmo, à pequena burguesia e seus pequenos negócios.
Outro ponto a destacar é a falsa medida do isolamento social que é alardeado pelos governos como única medida contra o coronavírus, uma mentira de cunho demagógico que visa “livrar a pele” dos políticos burgueses. Isto é, principalmente os governadores estaduais, que não divergem essencialmente da política do governo Bolsonaro e não investem pesadamente na saúde – com a contratação de milhares de médicos e técnicos, realização de testes em massa, garantia de atendimento médico à toda a população, aumento substancial dos leitos de internação – na garantia dos empregos e rendimento dos trabalhadores, na distribuição de alimentos.
A medida do isolamento social é, tão somente, uma medida que só atende uma parte das classes médias, enquanto os trabalhadores mais pobres estão obrigados a trabalhar ainda mais durante a crise, seja pelo aprofundamento da exploração pelos patrões, seja pela necessidade de buscar uma forma de sobreviver em meio à quarentena.