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Genocídio

Brasil supera 500 mil mortos… É preciso derrubar Bolsonaro

É preciso parar por meio da mobilização popular nas ruas a mão assassina de Bolsonaro e de toda a direita golpista

Neste fim de semana o Brasil supera, oficialmente, a marca – subnotificada e falsificada – de meio milhão de mortos com o que o regime golpista consegue em apenas 16 meses e em pleno século XXI superar a tragédia do final do século XIX, quando uma seca sem precedentes (e consequente fome) e a varíola mataram mais de 50 mil brasileiros entre 1877 e 1879.

Tamanho resultado é alcançada na semana em que o golpe de Estado, com a aprovação do processo de impeachment sem criem da presidenta Dilma Rousseff (PT), completou cinco anos (17/06). Não se trata de uma coincidência. O Brasil está a caminho de ultrapassar o total de mortos dos Estados Unidos (cerca de 600 mil), graças à política de destruição da Saúde pública e de retrocesso geral nas condições de vida da imensa maioria do povo, seja pelas “reformas” antipovo aprovadas (como a trabalhista e da Previdência), seja pela Pol;itica de rapina da economia nacional em favor do imperialismo, em meio ao aprofundamento da crise histórica do capitalismo no Brasil e em todo o Mundo.

Esta situação de verdadeira calamidade social para a maioria do povo, da qual só tiram proveito um reduzido grupo de tubarões capitalistas como os banqueiros, os mercenários dos negócios da saúde (planos privados, monopólios farmacêuticos etc.) e suas máfias políticas é o estopim de uma crescente revolta popular que começou a se manifestar nas ruas no 1º de Maio de Luta, da Praça da Sé, nos atos do 13 de Maio (contra o massacre do povo negro) e, principalmente no impulso da mobilização vitoriosa do dia 29 de maio que “furou a bolha” e colocou o País em uma nova etapa da luta política.

Hoje mesmo centenas de milhares de pessoas estão saindo às ruas, em centenas de atos (mais de 400?), em nova jornada de lutas, que ganhou o apoio explícito do ex-presidente Lula e pode contar com sua participação, importante para alavancar ainda mais a perspectiva de derrotar nas ruas a direita golpista e conquistar, por meio da luta, as reivindicações dos explorados.

A cada novo recorde de mortos, com a chegada da terceira onda, e com o aumento sem cessar do sofrimento da população, com a disparada do desemprego, da fome e da miséria, fica ainda mais evidente que a crise não vai passar “naturalmente” e que as “saídas” da burguesia golpista não representam alternativa real para a imensa maioria do povo. Não pode sobrar dúvidas – e um número cada vez maior de pessoas está convencido – de que não há outra alternativa que não seja mobilizar as massas aos milhões, multiplicar a força das mobilizações para parar a mão assassina da direita nas ruas, pondo fim ao regime golpista iniciado como o golpe de Estado, realizado sob a direção das máfias políticas que hoje buscam se apresentar como “centro”, como o PSDB, MDB, DEM, PSD, Solidariedade etc. ou se passarem por “oposição” ao governo que eles mesmo pariram e ajudam a sustentar.

Desde já coloca-se a tarefa de realizar cada vez mais atos, cada vez maiores, opor a força do povo nas ruas à força da direita e à mobilização minoritária (mas importante) da extrema-direita, apoiada pelos militares, pelos setores mais decompostos da sociedade e também pela burguesia, para a consecução dos seus objetivos contra o povo, em uma situação de crise histórica do capitalismo no Brasil e no mundo.

Para tanto, é preciso organizar o movimento de luta que vem impulsionando as atividades, a frente de luta da esquerda que evoluiu para a necessidade das mobilizações de rua, o que precisa ser feito constituindo e fortalecendo organização popular, independente da burguesia golpista, capaz de impulsionar, e dar conteúdo à mobilização. 

É preciso construir milhares de Comitês de Luta em todo o País – e também no exterior, para agrupar dezenas ou centenas de milhares de militantes, ativistas que impulsionem uma mobilização real, a partir dos locais de trabalho, estudo e moradia.

É preciso realizar plenárias abertas e assembleias nas categorias de trabalhadores, nos assentamentos, nos bairros, para impulsionar a luta pelas reivindicações gerais do movimento e específicas, que reforcem a participação dos mais amplos setores na mobilização.

Nos bairros operários, ocupações, cidades pobres, criar Conselhos Populares para organizar a luta emergencial pelo atendimento das necessidades populares.

É preciso também organizar fóruns gerais do movimento, como se deu na luta contra o golpe, com plenárias regionais e municipais das organizações e de todo o ativismo que participa da mobilização para deliberar, democraticamente, os próximos passos, por exemplo.

Mais do que nunca, organizar o povo na luta contra Bolsonaro, os golpistas e o regime político de conjunto é decisivo; inclusive, para impedir que a direita se apodere das manifestações com sua política reacionária (como se viu em 2013), com medidas de divisão e censura no interior do movimento.

Para isso, é decisivo combater toda tentativa de transformar os fóruns do movimento num terreno de disputa política com o PT; coisa que também se viu nos anos iniciais do golpe, quando setores da esquerda sonham em se apoderar dos desejados – pela direita – escombros do PT para fins eleitorais. Uma situação reacionária que expressa o “antipetismo” e o “antilulismo” estimulado pela direita.

Deixar para trás todo tipo de concepção reacionária que se abateu sobre o movimento em anos anteriores, originárias da direita e adotadas por setores da esquerda, como desviar a mobilização para os eixos que interessam a setores da direita, como é o caso do “não vai ter Copa”, a posição fascista de “sem partido” e “abaixa a bandeira”, ou seja, a tentativa de calar os setores organizados do movimento de luta dos explorados e o abandono da cor tradicional da luta dos explorados, o vermelho, para torná-lo mais palatável e passível de submissão por setores da direita. Aspectos que refletem a política de derrotas, de submissão da luta do povo e que se desenvolve à chamada frente ampla, a política de colaboração e capitulação diante da burguesia golpista, e seus partidos.

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