Por quê estou vendo anúncios no DCO?

A manutenção do golpe

Brasil e Rússia: o jogo político de Biden nos países atrasados

Os planos do imperialismo norte-americano é a manutenção e consolidação dos golpes de Estado

O segundo turno das eleições no Equador, que terminou com a vitória do banqueiro Guillermo Lasso, depois de muito esforço do imperialismo para ganhar do candidato de Rafael Correa, Andrés Arauz, mostram bem qual a política do imperialismo para a América Latina.

Os norte-americanos jogaram todas as fichas no candidato do golpe. Corretamente, Rafael Correa acusou a fraude. De fato, a esquerda deveria denunciar a fraude e manipulação eleitoral. O candidato do golpe conseguiu uma virada “impossível” no segundo turno após terminar o primeiro turno com uma diferença grande. Ele obteve 19,74% dos votos, contra 32,72% para Arauz. O imperialismo também impulsionou o candidato identitário Yaku Pérez, que terminou em terceiro lugar e fez campanha pelo voto nulo no segundo turno. A presença de um candidato pintado como esquerdista serviu para facilitar as manobras em torno de Lasso.

Fica muito claro que o imperialismo se esforçou para dar a vitória a seu candidato. A política do nacionalismo, representado por Rafael Correa, que buscou um nome mais moderado ao invés de uma campanha pelo próprio Correa, também facilitou as manobras do imperialismo e não as conteve.

Isso porque o imperialismo não tem nenhum interesse em abrir espaço para o nacionalismo. Sua política central é a manutenção do golpe de Estado em todos os países da América Latina.

No Brasil não é diferente. O imperialismo procura um candidato de sua confiança, não está disposto a apoiar Lula. Nesse sentido, assim como ocorreu no Equador, a política de setores da esquerda que buscam conciliar com a direita pró-imperialista só pode levar a uma derrota. O imperialismo já deu mostras de que não tem nenhum interesse em aceitar o retorno do nacionalismo e está disposto a fazer qualquer coisa para isso, até mesmo apoiar Bolsonaro.

Um episódio ocorrido no mês passado, quando o presidente norte-americano, Joe Biden, chamou Vladimir Putin de assassino, também é bastante esclarecedor. Por que Biden chama Putin de assassino mas não Bolsonaro?

A resposta é simples, Biden não quer queimar suas relações com o presidente golpista brasileiro pois sabe que Bolsonaro é uma das opções caso o imperialismo não consiga emplacar um candidato de sua maior confiança no Brasil.

As críticas de Biden a Bolsonaro, quando há, são muito mais brandas. Não passam de uma propaganda de tipo eleitoral para os próprios norte-americanos. No entanto, Bolsonaro, o “Trump brasileiro” nem de longe sofre um ataque como o que Biden dirigiu a Putin.

Isso porque, colocado em perspectiva, por maiores que sejam as contradições dos norte-americanos com o russos, é muito claro para o mundo inteiro a diferença que Bolsonaro e Putin tratam a questão da pandemia. Bolsonaro é reconhecido pelo seu próprio povo como um genocida, principal responsável pelas mais de 355 mil mortes pelo coronavírus. Putin, do ponto de vista da pandemia, tem tratado seu povo com uma responsabilidade muito maior.

Para o representante do imperialismo norte-americano, o assassino é Putin, não Bolsonaro. É óbvio que assim como foi feito no Equador, o imperialismo está disposto a qualquer coisa para garantir a manutenção do golpe no Brasil, e o apoio a Bolsonaro está entre suas possibilidades. Caso a direita tradicional não consiga ganhar as eleições, o imperialismo vai de Bolsonaro.

A ligação de Biden a Putin, querendo uma “normalização das relações” não deve ser entendida como uma mudança na política do imperialismo. Ainda é cedo para dizer o significado, mas deve ser compreendido no marco da política geral de golpes.

A esquerda brasileira deve aprender com a experiência internacional. Não dá para confiar na direita tradicional nem mesmo acreditar que a mudança de governo nos Estados Unidos é decisiva para que o imperialismo tome a decisão de descartar Bolsonaro. Pelo contrário, Bolsonaro é carta na manga da direita e do imperialismo contra qualquer possibilidade da esquerda nacionalista, representada por Lula e o PT, voltarem ao governo.

A única arma da esquerda é uma política independente, que aposte na mobilização das massas para impor a candidatura de Lula. Confiar na direita vai servir apenas para facilitar os planos do imperialismo de manter o golpe de Estado no País e com ele a manutenção de todos os ataques sofridos pelo povo.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.