A Petrobrás anunciou, nesta quinta-feira (28), a primeira fase do programa de vendas das suas refinarias. O programa pretende tirar do controle nacional a metade da capacidade de refino, encaminhando o País na direção da dependência da indústria estrangeira.
Foram colocadas à venda refinarias do Rio Grande do Sul (Refap), Paraná (Repar), Bahia (Rlam) e Pernambuco (Rnest), incluídos aí 1.506 quilômetros de dutos, 12 terminais para transporte e armazenagem, e a infraestrutura para operar. Ou seja, como nos demais processos de privatização feitos no passado, o Estado brasileiro investe pesado em construir uma indústria forte, e a vê entregue por governos capachos.
A capacidade de refino destas quatro estações chega a 879 mil barris/dia, 40% da capacidade nacional. É um produto valiosíssimo e estratégico para a indústria nacional, que agora ficará nas mãos de multinacionais sem qualquer compromisso com o desenvolvimento local. O presidente da Estatal, Roberto Castello Branco, pretende concluir pelo menos uma venda até o fim deste ano.
Os trabalhadores não podem permitir mais esta entrega. Com as privatizações se esvai também a soberania nacional, sem falar do desastre total que representaram as privatizações até então de setores como as telecomunicações, bancos e mineração.