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Emprego não, somente "bicos"

Brasil cria três vezes mais vagas de trabalho informais que formais

Informais, "subocupados", "pejotizados", desalentados, as denominações para a cruel realidade. Desemprego generalizado é a cara do governo golpista Bolsonaro

Em um ano foram gerados pouco mais de 1,4 milhão de postos sem carteira assinada ou sem CNPJ, número bem maior que as 403 mil vagas formais, ou seja, com carteira assinada ou com CNPJ, o trabalhador “pejotizado”, informa Robson Sales, GloboNews, em 28/09/2019.

Pejotização é o termo para designar o empregado, que empregado é, mas cadastrado de forma individualizada como Pessoa Jurídica. O efeito disso, é “legalizar” a relação de trabalho com empregador, mas sem direitos trabalhistas, sem os direitos previdenciários.

Informalidade é recorde e atinge 38,8 milhões de brasileiros

Para o IBGE, informais inclui trabalhadores sem carteira assinada, inclusive domésticos, os autônomos, os que trabalham “por conta”, mas sem CNPJ, e ainda os sem remuneração, que auxiliam em trabalhos para a família.

Nessa contabilidade, a taxa de desocupação caiu para 11,8% no trimestre encerrado em agosto de 2019 contra 12,1% de 2018, informa o IBGE. São 12,6 milhões de pessoas no desemprego hoje, contra 12,9 milhões de desempregados no mesmo período de 2018.

O ano de 2019 retrata 300 mil desempregados à menos que o mesmo período de 2018

Parece ser um número auspicioso, 300 mil desempregados a menos. Não é isso, 1,1 milhão deixou de ser desempregados para trabalhar por conta própria.

Trabalhar por conta própria foi a opção que restou para 1,1 milhão de brasileiros. Desses, 69% sem CNPJ, sem o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, ou seja, trabalhadores se virando em trabalhos de “bico”. Nesta categoria seriam 760 mil brasileiros.

Emprego sem carteira assinada e o trabalho por conta própria bateram recorde

São 11,8 milhões de trabalhadores sem carteira assinada no trimestre finalizado em agosto. São 24,3 milhões no mesmo período os autônomos. São os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, divulgados, sexta feira, dia 27/09/2019.

“Grande parte dos trabalhadores por conta própria, formalizados não é, ou seja, não estão regularizados com CNPJ. Pra formalizar precisa de crescimento econômico e esse ano vamos ter menos de 1% de crescimento. Então não tem jeito”, afirmou o professor do Instituto de Economia da UFRJ, João Saboia.

O rendimento médio também caiu. Está em R$ 2.298,00 no trimestre encerrado em agosto, queda de 0,4%, na comparação com o mesmo período de 2018, segundo o IBGE.

“Quem ganha menos é o empregado sem carteira, em seguida o autônomo”. A informalidade alta contribui para reduzir a renda média”, ponderou Saboia.

7,2 milhões de pessoas trabalham menos do que gostariam. Menos do que poderiam. São os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, gente que vive de bicos. 4,7 milhões de pessoas simplesmente desistiram de procurar emprego, são os desalentados. A nova denominação para esses quase 5 milhões a mais de desempregados.

Todos os direitos e desemprego. Ou menos direitos e emprego

A manchete do jornal O Estado de S. Paulo, de 09/11/2018, antecipava o que Bolsonaro propunha “menos direitos e empregos”. Poucos empregos. Nem empregos são. Apenas bicos.

A política dos golpistas para empregos aos brasileiros, não é política alguma. Trabalhadores que se virem. Os trabalhadores não tem para onde fugir. É de “bicos” a derradeira saída para os desempregados brasileiros  sobreviver enquanto o golpe de Estado não for derrotado.

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