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Coronavírus

Brasil concentra mais das mortes na América Latina e no Caribe

O governo golpista brasileiro, pela sua conivência com o caos gerado pela pandemia, deixará como legado para história a morte, a miséria e a destruição

O Brasil é o país que registra mais casos, com 4.016 mortos e 58.509 contagiados. O segundo país da região mais afetado em número de casos é o Equador. Esses dois países são seguidos pelo Peru, com 21.648 casos e 634 mortos; e México, com 12.872 casos, sendo o quarto país com mais casos mas o segundo em óbitos, com 1.221. O Chile (12.858, 181) é o quinto em contágios.

América Latina e Caribe ultrapassaram neste sábado (25) os 150.000 casos do novo coronavírus, que causaram a morte de mais de 7.400 pessoas na região, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais. No total, a região somava neste sábado 150.156 casos, sendo 7.434 óbitos. 

A República Dominicana e o Panamá ultrapassaram os 5.000 casos com, respectivamente, 5.749 e 5.338. Estes dois países registraram respectivamente 267 e 154 mortes.

As mortes declaradas no mundo pela pandemia que surgiu na China no final de 2019 passaram de 200.000, com mais de 2,8 milhões de contágios.

Este número, no entanto, certamente não reflete a realidade, cuja repercussão do contágio e a disseminação do vírus em todos os países, sofre com a subnotificação, por falta de pessoal e testes, ou mesmo o colapso do sistema de saúde, como, a exemplo do que passa o Equador com centenas de mortos na ruas e em casa, e que aguardam a remoção sem que o governo consiga atender aos casos. Isso na pior das hipóteses. Na melhor, nos lugares onde há testes, a demora com o resultado, também por falta de pessoal nos laboratórios, faz com que, quando saem os resultados, o número de casos dê um grande salto causando surpresa e espanto ao mesmo tempo.

Em todos esses lugares, assim como no Brasil, já se fala em acabar com o afastamento social e abrir o comércio novamente. Com exceção de localidades que ainda não viram casos de infectados ou eles são muito poucos, como são algumas cidades do interior, a determinação da burguesia é a de que os governantes preparem a volta à normalidade.

Toda essa deficiência na informação do número de casos é, sem dúvida, um dos principais fatores que corroboram com o apelo para retomar a normalidade. Mas, como não reflete a realidade, a ilusão de retorno à normalidade fará de seus defensores vítimas potenciais de infecção pelo contágio que, subnotificado, poderá surpreendê-los, pegando-os desprevenidos, e estendendo para mais longe  a circunscrição dos infectados, e, consequentemente, os mortos.

O que todos esses países têm em comum está no fato de usarem como estratégia para conter e controlar a pandemia, tão somente o isolamento social e a quarentena. Mas, como nenhum nem outro funciona como deveria, isso é o mesmo que nada. O isolamento não envolve 100% da população, e chega, quando muito, a 50%. E a quarentena, também infrutífera, não consegue dar conta de todos os doentes, sendo muitos os casos de mortes subnotificados e sem autópsia, ou mesmo de doentes em estado avançado que sequer chegam aos hospitais, ou nem tentam.

Nestes países, com exceção de Cuba, vítima de um criminoso embargo econômico do imperialismo estadunidense, o restante vive as desastrosas consequências de um regime político e econômico neoliberal e nocivo ao bom desempenho que deveria ser a obrigação de um governo à frente de uma campanha nacional de combate ao coronavírus, mas sem interesse em investir pesadamente para prover a população, principalmente a mais pobre e carente, e que , não por acaso, é a mais atingida pela completa escassez de recursos, incluindo o básico como água limpa e álcool em gel, sem poder parar de trabalhar e se manter em isolamento, vai ser marcado pelo maior massacre já presenciado.

Aliás esses governos não têm a chance e nem fazem questão de fazer algo, muito pelo contrário. O que fazem é um problema de aparências. Aparenta estar fazendo o que precisa e tomando as precauções necessárias, mas, no fundo, não estão fazendo nada, uma vez que não encampam medidas essenciais ao combate, como o teste à toda população, e o isolamento dos infectados dos outros, e apenas investem o mínimo previsto para não colapsar, e ter o mínimo de controle de áreas privilegiadas da burguesia. 

Dessa forma, o que já vem acontecendo com o Equador pode muito bem ser o futuro de todos os demais, especialmente do Brasil, que pela sua dimensão e a escassez de tudo: insumos, EPIs, leitos em UTIs, e etc, vai presenciar um repercussão de grandes proporções, e, depois que for suspenso o isolamento e reabrirem o país, poderá experimentar também o completo colapso do sistema da saúde, com mortos pelas ruas e casas, e pilhas e mais pilhas de caixões abarrotando as funerárias, covas e mais covas sendo abertas, e um cenário fúnebre e macabro como marca profunda na história da nação.

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