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Expedito Mendonça

Militante trotskista há 40 anos, fundador e atual diretor do Sindsep-DF. Formado em História pela UniCEUB, membro da comissão de redação do Jornal Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Tragédia à vista

Brasil, a caminho de uma catástrofe que já está anunciada

O aumento descontrolado dos novos casos de infecção pela nova cepa do coronavírus anuncia a iminência do caos social e sanitário do país

A explosão no número de novos casos confirmados de pessoas infectadas pelo covid-19, registradas em quase todas as regiões do país, mas em especial na região Norte, particularmente no estado do Amazonas, onde a capital, Manaus, se encontra sitiada pela pandemia, com seu frágil e sucateado sistema de saúde já em colapso, coloca o restante do Brasil em estado de alerta sobre o que pode vir a acontecer em todo o território nacional nos próximos sessenta dias. 

É o que vêm dizendo estudiosos e especialistas na matéria, muito em função da chamada nova cepa do vírus, ou a mutação, também denominada variante do coronavírus que, de acordo com a comunidade que realiza as pesquisas, trata-se de uma forma ainda mais transmissível do que a primeira que se espalhou pelo mundo, levando a óbito, até o momento, mais de 2 milhões de pessoas. O número de infectados pela pandemia também já é estratosférico, atingindo mais de 100 milhões de seres humanos ao redor do planeta, de acordo com dados fornecidos pela Universidade Johns Hopkins. Certamente este número, que por si só já é alarmante, pode ser ainda maior, considerando a fragilidade e a imprecisão dos dados de muitos países, sobretudo os mais pobres, no que concerne à identificação e ao diagnóstico dos casos.

Mas deixemos este assunto (nova cepa, mutação, variante, etc) para a comunidade científica. Nosso assunto aqui diz respeito à tragédia que está se avizinhando no Brasil, que já vive uma verdadeira catástrofe social e humanitária com as mortes de brasileiros já verificadas nesse quase 1 ano de pandemia. Os números são alarmantes e não param de crescer. O país voltou a registrar, neste início de ano, a mesma média móvel de mortes diárias e até mesmo superior à média verificada no período de pico da pandemia, registrada no ano passado entre os meses de março a junho. 

Os estudiosos preveem que com o acelerado de crescimento dos novos casos, em função das múltiplas razões que vêm motivando as infecções (nova cepa, aglomerações, ausência da vacina, etc), o país pode chegar, nos próximos dois meses, a uma situação de descontrole absoluto, o que já se verifica na região Norte (Amazonas, Rondônia). Uma preocupação dos profissionais de saúde diz respeito aos pacientes que estão sendo transportados de Manaus para outros estados, pelo fato da maioria dos infectados no Amazonas já apresentarem a nova cepa brasileira do coronavírus. Esta situação – que diz respeito às novas infecções – pode se alastrar por todas as demais regiões, atingindo, principalmente, os estados com menor estrutura em seu sistema de saúde e com um grau de vulnerabilidade maior em relação às condições sócio-sanitárias e de vida da população. 

O fato é que estamos ingressando em uma etapa ainda maior de incertezas quanto ao que ainda iremos assistir em relação à tragédia da pandemia no país. Tudo indica que a  julgar pelo que não vem sendo feito pelo poder público, que assiste inerte e passivo ao crescimento das mortes, muita angústia, dor e sofrimento ainda há de vir pela frente. A conta desta enorme hecatombe social deve ser apresentada não somente ao governo federal, ao genocida presidente Jair Bolsonaro, mas a todos os demais homens públicos, a começar pelos governadores que, a exemplo do presidente negacionista, nada fizeram para deter o avanço da pandemia, abandonando a população pobre e explorada à própria sorte.

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