Ao contrário de uma verdadeira união da esquerda contra o golpe, o que se revela no atual cenário se dá pelas candidaturas oportunistas diante da prisão arbitrária do ex-presidente Lula, não há união em torno da questão Lula, o que há são abutres sobre sua base social. Guilherme Boulos, candidato à presidência pelo PSOL, tenta passar um programa político recheado de “propostas” para o país, em contrapartida não há denúncia do golpe de Estado e ou qualquer política que lute pela libertação imediata da maior liderança popular do país, da qual ele se apoia.
Em entrevista ao programa Roda Viva da rede de televisão tucana, Cultura, Boulos faz o típico discurso eleitoral, quer dizer, a crença nas eleições nesse momento se demonstra como uma verdadeira capitulação diante do golpe e da prisão política de Lula, a via institucional antes com o ex-presidente ou não, já se caracterizava como fraudulentas diante do golpe e pela própria maneira como a mesma é realizada, e neste momento se reafirmam como fraude maior se não houver sua presença.
As propostas de Boulos, não passam de meras ilusões, quando afirma que irá acabar com os privilégios e taxar os bancos -pasmem com baixa taxação de juros- se esquece que há um monopólio dentro do país e vai enfrentar os privilégios no país. É preciso ter claro, que um programa político sério para ser levado adiante não será feito por meio de propostas ilusórias, mas por meio de um programa que de fato será possível de se aplicar.
Quer dizer, Guilherme Boulos, é um verdadeiro vendedor de ilusões para o povo, não existe uma política séria de enfrentamento ao golpe em seu programa ou sequer para uma ampla mobilização para tal, não há como governar por meio das instituições burguesas que são propriamente quem governa o país, ou seja, Boulos acredita que ganhando as eleições seu pomposo programa será atendido de prontidão.
Nesse momento, ir diretamente às eleições, ou seja, virar a página do golpe -e principalmente não se colocar na dianteira da luta pela liberdade de Lula- é abertamente um posicionamento oportunista. Quando Boulos, diz que o Brasil tem que traçar seu próprio caminho, não deve ser o qual propõe, esse caminho só pode ser um: a luta contra o golpe, sem oportunismos.