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Como Doria e Bolsonaro

Boulos pai defende reabertura: “talvez nem precisemos de vacina”

Como funcionário de Doria e defensor da política da direita, aconselha que a população não se preocupe e já exime os governos direitistas pelo genocídio

No momento em que o Pais está a beira de completar, oficialmente, a marca de 120 mil mortos na pandemia, uma reportagem publicada no portal online Vermelho, do PCdoB e assinada por Cézar Xavier, o médico infectologista Marcos Boulos, pai do candidato a prefeito pelo PSOL, Guilherme Boulos, e membro do Comitê que lida com o coronavírus no Estado de São Paulo, apresenta a versão otimista de que talvez nem mesmo seja necessária uma vacina para lidar com a pandemia, pois ela pode simplesmente desaparecer.

Segundo a matéria “Pandemia vai passar”, o Brasil registra queda no contágio”, o País estaria em uma queda no número de casos causados pela pandemia do coronavírus. A queda seria demonstrada, supostamente, pelo baixo número no contágio dos estados com maior população, enquanto os estados do Sul e do Centro-Oeste, que estão com alta nos casos, possuem uma densidade demográfica menor, o que levaria a uma baixa transmissão do vírus. Além disso, argumentam que o dia 21 de agosto foi a sexta-feira com menos casos registrados desde 12 de junho, o que indicaria uma queda nos casos no geral.

Com base nesses dados e no fato de a doença ter, em tese, sido passada para os seres humanos através de animais (o que faria com que uma nova transmissão fosse dificultada), Marcos Boulos afirma que a pandemia irá simplesmente passar, seja pela imunização da população, pelo distanciamento social ou por uma vacina. No entanto, o médico também afirma na matéria que 

a vacina não resolve tudo. Não sabemos se teremos vacina. E terceiro que talvez nem precisemos da vacina” 

e, mais para a frente, ao comentar sobre o fato de o zikavírus ter, supostamente, desaparecido, o médico declara que

parou de transmitir, deu uma imunidade na comunidade e não voltou mais. Foi o mesmo em outros países. O mesmo aconteceu com outros coronavírus em muitos países. Varreu e não voltou mais. Se isso acontecer, pra que vacina? Não precisaremos de vacina”.

As afirmações de Marcos Boulos assustam pois, ao tentar dar um tom otimista sobre a pandemia, revelam exatamente a mesma estratégia utilizada por Bolsonaro e pelos governadores direitistas desde o início da pandemia: a de esperar para que a população se infecte até que seja imunizada, após milhares de mortes.

A estratégia não só não deu certo, como também é a responsável pelos mais de 120 mil mortos no Brasil, oficialmente, já que nenhuma ação efetiva foi tomada por parte dos governos, a não ser aconselhar a pequena burguesia a ficar em casa e deixar a população que trabalha para morrer infectada nos ônibus, no trabalho e nas ruas.

Boulos, como funcionário de Dória e defensor da política da direita, aconselha que a população não se preocupe e já exime o governo de uma futura responsabilidade em ter de gastar para conseguir uma vacina, pois a doença em sua visão pode simplesmente desaparecer. O “desaparecimento” da doença e a baixa no número de casos também não encontra nenhum respaldo na realidade, já que os dados apresentados pela matéria para confirmar a tese são, além de precipitados, baseados nos dados do próprio Ministério da Saúde, que vem claramente subnotificando o número de infectados, além de não ter testado a população, principalmente nos estados menos urbanizados, aqueles apresentados pela matéria como estados que pouco transmitiriam a doença pela baixa densidade demográfica.

A pandemia que representa uma das maiores tragédias recentes para todo o mundo e em especial para o Brasil não vai desaparecer do nada. Se não houver uma política efetiva, com pesados gastos do Estado na área da Saúde para garantir uma vacina o mais rápido possível para toda a população, além de testes para todos e equipamentos de saúde suficientes, cada vez mais pessoas irão morrer.

A política de Marcos Boulos e da esquerda que o acompanha, vai no sentido oposto de uma mobilização, na direção do apoio à política genocida da direita, de esperar pra ver como fica. Ou seja, atua para desarmar os explorados que para defenderem sua sobrevivência precisam enfrentar a política da direita, em todas as suas variantes.

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