As eleições transformam os senhores candidatos em verdadeiros mágicos que tem soluções para todos os males e em geral procuram falar o que os eleitores gostariam de ouvir. Assim, os principais responsáveis pelo desemprego, apresentam propostas mirabolantes de geração de emprego, os mais promotores da destruição da escola pública, tiram fotos com crianças nos bairros populares, e por aí vai. Os candidatos pequenos burgueses não fogem desse padrão, e de maneira ainda mais entusiasmada que os candidatos tradicionais entram no jogo de promessas e declarações demagógicas.
O pré- candidato do PSOL á prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, o queridinho da imprensa capitalista golpista não foge a regra, e nas entrevistas e declarações na imprensa procura vender-se como o “candidato de esquerda” e inunda as redes sociais e os jornais como toda sorte de “ propostas” demagógicas e apreciações positivas sobre os políticos burgueses.
Na entrevista realizada a insuspeita Veja São Paulo, Guilherme Boulos mostra suas credenciais como pretendente ao cargo de prefeito, no bom estilo burguês, começa, por demostrar “ solidariedade” com o prefeito Bruno Covas, e mais que isso elogia a suposta política “ opositora” do PSDB ao governo Bolsonaro em relação ao covid19.
“Quando se opôs à política genocida do Bolsonaro, o Bruno foi bem.” vejasp.abril.com.br/
A Veja procurou conduzir a entrevista no sentido de apresentar Boulos como um candidato “ alternativo” da esquerda em relação ao PT. Em uma das perguntas, insinua que Fernando Haddad ex-prefeito de São Paulo, perdeu votos na periferia, e coloca como manchete a afirmação de Boulos que “Fernando-Haddad-deixou-a-desejar-em-politicas-na-periferia”.
A revista golpista procura apresentar a versão que Boulos seria o “ candidato compromotido com a periferia”, uma farsa alimentada pelo próprio candidato do PSOL, que procura se apresentar como o “ representante dos movimentos sem teto” e acostumado a pisar no “ barro”.
Perguntado sobre a questão do transporte, Boulos desconversa, e evita se comprometer com propostas como estatização do transporte, e com a recriação da antiga CMTC.
“Se eu falar isso, vão achar que estamos querendo um modelo de transporte que a cidade já superou. Se o formato for uma companhia municipal ou outras formas, queremos debater”
Em geral a formula de Boulos é essa para tudo, “ queremos debater” e “ precisamos discutir”, não apresentando nenhuma proposta popular efetivamente. Apresenta de vai criar um IPTU progressista, perguntado como , não apresenta nada de concreto. O estilo Boulos como candidato é afirmações ” morais” esquerdistas, mas vazias de conteúdo como ” uma cidade solidaria”.