Nesta quarta-feira (4), o parlamento inglês aprovou uma lei que obriga Boris Johnson a acertar o termos do Brexit com a União Europeia. A crise em torno do Brexit provocou grandes oscilações na política inglesa, na última terça-feira, Johson perdeu maioria no congresso durante a votação dos termos do Brexit quando Philip Lee passou para o lado da oposição que agora tem 320 cadeiras contra 319.
Na tentativa de reverter a situação e reobter a maioria, Boris Johnson convocou novas eleições gerais, porém o maior partido da oposição, o Labour Party (Partido Trabalhista), liderado por sua ala esquerda encabeçada por Jeremy Corbyn, absteve-se de votar a proposta alegando não ser o momento adequado.
Ambas jogadas da oposição foram erradas: aprovar uma lei que obriga a Inglaterra consultar a U.E sobre sua saída vai contra a vontade popular expressa no referendo, e se abster diante uma possibilidade de derrubar um governo em eleições gerais é uma capitulação. Não aceitar a votação é mostrar para os britânicos que os trabalhistas não estão dispostos a enfrentar o Partido Conservador de May e Johnson em uma eleição aberta.
Essas decisões custarão caro ao Partido de Corbyn, que agora deverá esperar até as próximas eleições gerais para o parlamento em maio de 2022.