Com a crise no regime britânico se aprofundando a cada dia, a pauta de se chamar novas eleições volta aparecer como solução no meio da falta de popularidade do governo.
Boris Johnson é o segundo primeiro-ministro que subiu ao cargo sem ser votado, mostrando a disparidade de intenções que existe entre a população e a burguesia, que ao todo custo tenta se manter no controle do governo.
No entanto, na atual situação em que o regime se encontra, com rachas entre os principais partidos sobre a questão do Brexit, o atual primeiro-ministro se vê em um beco sem saída, ou consegue aprovar a saída da União Europeia ou não terá mais forças para manter o governo.
Por causa disso, Johnson, de acordo com a BBC, já iniciou conversas internas, ameaçando de chamar eleições gerias, algo que depende do apoio de dois terços dos deputados.
Com a eventual chamada de novas eleições, é exposta a crise em que o governo se encontra, na qual precisa antecipar as eleições para tentar criar alguma estabilidade no regime, algo que já não existe há algum tempo.
Contudo, essa se ação se mostra ainda mais desesperada quando se percebe que o favorito a ganhar as eleições são nada mais que a ala mais à esquerda do partido trabalhista, encabeçado por Jeremy Corbyn.
Jeremy, por sinal, já se declarou favorável a organização de novas eleições, que serão as primeiras desde 2017, quando Theresa May não conseguiu maioria no parlamento, sendo forçada a se unir com a extrema direita.
Hoje, a situação está em um momento muito mais evoluído da crise, onde o Johnson suspendeu o parlamento por cinco semanas, atrasando as votações, e o líder trabalhista é visto como nome favorito da população para ocupar o cargo.