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Sádica e cínica

Bonança aos bancos, “austeridade” para o povo, pede burguesia

Enquanto as burras dos banqueiros estão cheias e a população entra na informalidade para tentar sobreviver, os burgueses pedem ao povo que economize

Já é corriqueiro, em cenários de crise econômica acentuada, o ressurgimento dos arautos do capital, os famigerados economistas e suas conhecidas fórmulas quixotescas para combaterem o mal menor e teoricamente passageiro que assola os cofres do país e das famílias.

Diante da queda iminente na renda dos brasileiros, que já era sentida anteriormente à crise do Covid-19, mais uma vez estes mesmos economistas, em sua ampla maioria ligados às instituições da burguesia que em muito são os próprios culpados pela destruição da econômica de nações inteiras, apontam sua bussola caduca para a carteira dos trabalhadores como forma de solucionar a crise.

Enquanto isso explode os índices de desemprego no mercado formal (com carteira assinada), e o número de desocupação de trabalhadores informais (sem registro) aumentam refletindo diretamente na capacidade de todos de honrarem seus compromissos. É escolher dentre pagar a prestação da geladeira ou enchê-la com comida para sobreviver.

“Estamos todos no mesmo barco!” Eles dizem… Sem mencionar, entretanto, que quando este mesmo barco tem o casco perfurado não há coletes salva-vidas para todos, apenas para uma seleta tripulação. Esse pequeno grupo de privilegiados pelo sistema capitalista são os bancos e seus representantes diretos. O governo federal não hesitou em abrir os cofres para estes estelionatários e logo em seguida fechar a torneira para o povo.

A divulgação mais recente da Agência Brasil, mostra que o percentual de famílias com dívidas, em atraso ou não, chegou a 66,6% em abril deste ano – recorde desde janeiro de 2010. As expectativas para o médio também são alarmantes. A própria Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirma que os brasileiros estariam 8% mais pobres já em 2021, quando comparado com 2019.

Alguns economistas são mais realistas. “É um momento muito complicado, as famílias já estavam endividadas. A redução de renda é muito grave porque há pessoas passando necessidade”, diz o economista Ronalde Lins. “Quem perdeu o emprego não vai conseguir recuperar em curto prazo, mesmo que aceite salário mais baixo”, aponta Newton Marques, outro economista.

Já o presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal, César Bergo, como um verdadeiro representante da elite sugere uma racionalização dos gastos das famílias. A austeridade fiscal. As famílias precisam de “mais disciplina e racionalização de gastos. É questão de fechar o caixa e direcionar recursos. A despesa tem que estar dentro do orçamento”, recomenda. Esse mantra obviamente não se aplica aos banqueiros e seus lucros bilionários mesmo em períodos de crise. Pura competência!

O economista anteriormente citado Ronalde Lins também diz que “não existe momento eterno sem dinheiro, sem recurso financeiro.” Sua sugestão é que as famílias foquem no suprimento das necessidades básicas, como alimentação, renegociar dívidas e prolongar pagamento. “Abra o jogo: diga não tenho dinheiro”. Algo como: Nada de serem supérfluos, vocês ainda são pobres (sic).

O mesmo Ronalde Lins que é consultor de empresas privadas reclama que seus clientes sofrem para obterem novos empréstimos ou negociarem dividas atrasadas com os tubarões do capital. “Os bancos estão fazendo propaganda que não estão cumprindo, ou beneficiando poucos. Todos os bancos estão dizendo que têm recursos. Infelizmente, os bancos não têm tido esse compromisso. Diversos clientes meus, pessoas jurídicas, não conseguiram recursos com benefício de taxa mais baixa e prolongamento de prazo. Estão colocando muita dificuldade”.

Quem poderia imaginar que os bancos iriam se apoderar dos recursos injetados pelo Banco Central nos seus cofres e consequentemente não liberarem crédito a quem necessita? Qualquer um que não siga a fúnebre cartilha liberal.

Nesta mesma toada das taxas de juros seguem imutáveis e abusivas. Os juros do cartão de crédito registraram uma queda ridícula de 327,1% em março para 313,4% em abril. Já o cheque especial, teve uma queda de juros 130% para 119,3%. Louvável…

Newton Marques, mais racional que seus pares, afirma que num cenário, de “taxas elevadas e absurdas”, são necessárias novas decisões macroeconômicas e que definitivamente os bancos negociem. “A sociedade tem o direito de exigir medidas concretas. É preciso abrir os cofres. Não tem outra saída em qualquer país do mundo. É momento de guerra”, diz. “Os bancos não podem fazer análise de risco exigente. Quem está precisando de dinheiro vai sucumbir a critérios rigorosos”, conclui.

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